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Menina tem cabelo sugado e se afoga em piscina de escola em Aquidauana

Publicado em 21/09/2024 Editoria: Polícia


Foto Rede Social

Foto Rede Social

Criança estava em aula e passou alguns minutos embaixo d’água; professor foi avisado por outra aluna
 
Menina de 10 anos, que terá a identidade preservada, foi socorrida na tarde de quarta-feira (18), após ter o cabelo sugado na piscina de uma escola particular onde estuda na cidade de Aquidauana.
 
A criança participava de uma aula de educação física e chegou a passar alguns minutos embaixo d’água, segundo o pai.
 
Ao Campo Grande News, o pai da menina, que é advogado, contou que a esposa foi avisada pela escola que a menina havia passado mal na piscina. Em seguida, ela avisou os avós da criança e depois o pai, que estava trabalhando.
 
“Minha esposa só descobriu que foi afogamento no hospital quando o professor disse que ela foi sugada pelo motor da piscina. Uma coleguinha que avisou a ele que minha filha havia mergulhado e não tinha subido”, disse o advogado.
 
O pai da criança afirmou, ainda, que o professor admitiu que estava fora da piscina quando outros alunos estavam brincando de se empurrar e ele acabou esquecendo da menina e da amiga.
 
"Ele errou, mas foi quem salvou ela também. Se fosse um professor de porte pequeno, acredito que não conseguiria tirar ela. O professor a tirou desacordada da água e fez o procedimento de reanimação”, explicou o homem.
 
Em seguida, a menina foi encaminhada para o Pronto Socorro e depois para o hospital, onde passou por exames e ficou em observação. A criança estuda na escola desde os três anos e, de acordo com o pai, agora não quer mais ir à aula por estar assustada. “Ela não quer mais voltar, nem para as provas”, disse.
 
A criança passa por cuidados em casa, conforme o pai, o médico que a atendeu explicou que existe o afogamento secundário e eles precisam observar os sintomas como febre, tontura, dor de cabeça e vômitos. “Se isso ocorrer, temos que levar ela para atendimento imediatamente”, alegou o advogado.
 
À reportagem, o pai relatou que a escola fez apenas um pronunciamento de rotina afirmando estar à disposição, mas a família fez o registro na delegacia e pretende entrar com ação civil.
 
“Vamos fazer de tudo para que não aconteça de novo. Outras mães disseram que a coordenação alegou que ela não estava de cabelo preso e touca, mas ela tem 10 anos, o professor tinha que ver isso”, finalizou o homem.
 
O Campo Grande News entrou em contato com a coordenadora da escola e aguarda o retorno da mensagem. A OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul) emitiu nota de repúdio por conta do caso.
 
"Um evento de tal gravidade não pode ser ignorado e expôs total falta de segurança no local. Foi constatado que o dispositivo de sucção da piscina estava desprotegido, sem a devida cobertura de segurança, o que resultou em um risco completamente evitável", diz o documento emitido pela 3ª subseção da OAB-MS que exige apuração do caso pelas autoridades competentes.
 
Confira a integra da Nota de Repúdio da OAB - Aquidauana.
 
A Terceira Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS), vem a público manifestar seu mais profundo repúdio ao gravíssimo incidente ocorrido no dia 18 de setembro de 2024, nas dependências da escola CCE - Centro Cristão de Ensino Infantil e Fundamental Ltda, onde uma criança teve seus cabelos sugados pelo ralo da piscina enquanto mergulhava. Um evento de tal gravidade não pode ser ignorado e expôs a total falta de segurança no local.
 
Foi constatado que o dispositivo de sucção da piscina encontrava-se desprotegido, sem a devida cobertura de segurança, o que resultou em um risco completamente evitável. Este cenário revela uma negligência inaceitável, especialmente em um ambiente que deveria zelar pela integridade física e emocional de suas crianças e adolescentes. É inconcebível que uma escola, ao qual os pais confiam seus filhos, tenha falhado em garantir o cumprimento de normas básicas de segurança.
 
Diante desse triste episódio, exigimos que as autoridades competentes apurem com rigor os fatos e responsabilizem todos os envolvidos. Além disso, é urgente que a escola adote medidas imediatas para corrigir as falhas de segurança e assegurar que acidentes como esse, não voltem a acontecer.
 
A OAB/MS, comprometida com a defesa dos direitos fundamentais e com a proteção das crianças e adolescentes, oferece seu apoio à família envolvida, garantindo toda assistência jurídica necessária. 
 
Reforçamos nossa posição firme no combate à negligência e na luta por ambientes escolares mais seguros e protegidos.
 
Aquidauana, 19 de setembro de 2024.
 
 Vinicius Mendonça de Britto
Presidente da Terceira Subseção da OAB/MS

 



› FONTE: Com informações do Campo Grande News