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Morte súbita é grave problema de saúde pública, diz especialista

Publicado em 21/06/2019 Editoria: Brasil


Situação é causada por doença pré-existente e costuma ocorrer após o infarto agudo do miocárdio
 
No jargão do futebol, a morte súbita era um método de desempate utilizado para definir o ganhador de um jogo eliminatório. Na saúde, porém, o termo é muito mais sério, conforme explica o cardiologista Dr. Cláudio Cirenza, que falará sobre o tema durante o 40º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), em 20/6, na mesa redonda "Morte súbita no Brasil: é possível prevenir?".
 
O óbito ocorre em até uma hora após o início dos sintomas em indivíduos supostamente saudáveis. No caso da morte súbita cardíaca, há um agravante: as vítimas têm cardiopatia congênita ou adquirida, normalmente não diagnosticada. "É um grave problema de saúde pública em todo o mundo. Em dados mundiais, estima-se que 17 milhões de pessoas morram anualmente por doenças cardiovasculares e 25% delas são de morte súbita", afirma Dr. Cirenza.
 
Durante a palestra do especialista, ele falará sobre prevenção e tratamento nesses casos, além de citar as parcelas da população que têm maior risco. "Na maioria dos casos, o indivíduo é supostamente saudável e a principal causa da morte é o Infarto Agudo do Miocárdio", explica o especialista. Uma estimativa da American Heart Association mostrou que apenas 10% dos pacientes sobrevivem quando o evento ocorre em local público. Em residências, esse índice cai para 6%.
 
Ele esclarece que a presença do Desfibrilador Externo Automático (DEA) em pontos estratégicos, como shoppings, estádios, aeroportos, transporte público e condomínios, onde há grande circulação de pessoas, pode reduzir a quantidade de mortes súbitas. "É preciso, também, ter pessoas treinadas. A desfibrilação rápida, trazendo o coração de volta para o ritmo normal, é essencial para salvar o paciente".
 
Segundo Dr. Cirenza, quanto mais pessoas são treinadas em reanimação cardiopulmonar, na sociedade como um todo, maiores são as chances de sobrevida da vítima. Atento a essa realidade, a Socesp promove o Projeto Social "Nós Cuidamos do seu Coração", que já treinou mais de cinco mil crianças de escolas públicas, a partir dos 12 anos de idade, para identificar e prestar os primeiros socorros para pessoas acometidas por ataques cardíacos, incluindo a prática de massagem torácica. A iniciativa é liderada pelo diretor do Centro de Treinamento em Emergências da Socesp, Dr. Agnaldo Piscopo e conta com a parceria da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.


› FONTE: Oficina de Comunicação