Adolescente após anunciar atos de violência em MS, diz que era tudo brincadeira
Publicado em 26/10/2024
Editoria: Polícia
Polícias Civil e Militar identificam autores de incitação ao crime e de vandalismo em escola estadual em Rio Negro
Na última segunda-feira (21), a escola Estadual Leontino Alves de Oliveira amanheceu com pichações nas paredes de um dos banheiros com mensagens de incitação à violência, indicando data em que seriam cometidos crimes violentos naquela instituição de ensino, além de ter sido deixada uma blusa branca rasgada com as mesmas inscrições.
Já na quinta-feira (24), véspera da data difundida por meio das ameaças, circulou um novo áudio também incitando o crime e fazendo alusão ao episódio da escola, causando ainda mais animosidade entre os pais e alunos.
A partir de exaustivas diligências, as polícias civil e militar conseguiram identificar um indivíduo de 18 anos e um adolescente de 14 anos de idade como responsáveis pelos atos criminosos cometidos na escola.
Após a identificação dos autores, foi feita uma varredura em suas residências para melhor depuração das circunstancias e do motivo da dupla, não sendo encontrado qualquer ilícito ou outros elementos que indicassem a prática de crimes.
Em relação ao áudio com teor de ameaça, um aluno da escola, de 17 anos de idade, ao tomar conhecimento da proporção dos fatos e da investigação contra si, compareceu espontaneamente nesta Delegacia de Polícia para comunicar que enviou o áudio como uma “brincadeira” em um grupo de amigos, mas que acabou sendo difundido na cidade. Portanto, verificou-se que os atos de vandalismo não tinham relação com o novo áudio, ainda que se mostrasse igualmente grave.
S.J.C.S. (18) deverá responder pelas condutas de incitação ao crime, crime ambiental de pichar edificação e corrupção de menor de 18 anos para a prática de crimes. Já o adolescente responderá por ato infracional análogo aos fatos citados.
As Polícias Civil e Militar estão em constante vigilância, reforçando a importância de que toda a comunidade esteja atenta ao comportamento dos jovens.
De acordo com o delegado Gabriel Cardoso, pais, professores e alunos devem estar alertas para os sinais de risco, reportando qualquer atividade suspeita. “É fundamental lembrar que incitar a violência, como veicular mensagens de ameaças ou de supostas tragédias não é brincadeira e sim crime grave que será tratado com todo o rigor da lei”, salientou.