Bioma enfrentou neste 2024 a pior temporada de incêndios em Mato Grosso do Sul
Uma capela intacta em meio as cinzas do Pantanal, bioma que enfrentou neste 2024 a pior temporada de incêndios, comoveu bombeiros do Rio Grande do Sul, Estado que sofreu com as águas, registrando no começo do ano a maior catástrofe natural de sua história.
A chuva chegou ao Pantanal, ajudando a debelar o fogo. Mas, antes de as equipes de bombeiros deixarem o terreno do combate a incêndios, em Corumbá, eles realizaram checagem minuciosa para garantir que não restassem focos remanescentes.
Durante incursão no topo de uma montanha, a equipe encontrou a capela intacta, numa área visivelmente cercada por incêndios. A situação trouxe comoção, diante dos árduos dias de combate ao fogo e a fé de que dias melhores virão.
Fogo criminoso – Duas operações da PF (Polícia Federal) apontam que parte dos incêndios que varreram o Pantanal tem origem criminosa: grilagem de terra da União, uso do fogo para abrir pasto e ganhar dinheiro.
Aos demais, restam só os prejuízos. Como a fumaça que encobriu MS e nos maltratou a saúde neste ano, a destruição do verde e a dor dos animais, que morrem nas chamas ou precisam de tratamento quando escapam do fogo.
No dia 20 de setembro, a PF deflagrou a Prometeu para investigar fazendeiros da “alta sociedade” de Corumbá por incêndio, desmatamento e grilagem de terra pública.
Em 10 de outubro, a segunda operação foi a campo após perícia da Polícia Federal identificar que aproximadamente 30 mil hectares do bioma Pantanal foram queimados por ação dos investigados.
A catástrofe ganhou grande repercussão no final de semana do Arraial São João, tradicional festa junina de Corumbá, revelando imagens impactantes enquanto a margem do Rio Paraguai ardia em chamas.
› FONTE: Campo Grande News