Ao todo, 39 chips para os aparelhos estavam nos pacotes
A guerra contra o tráfico de drogas dentro dos presídios ganhou um novo capítulo em Campo Grande. Na primeira semana de novembro, a Polícia Militar apreendeu seis drones carregados com drogas, celulares e outros materiais ilícitos, com o objetivo de serem entregues aos detentos do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, a “Máxima”. A criatividade dos criminosos e a tecnologia a serviço do crime demonstram a complexidade do problema.
A ação da Polícia Militar ocorreu após denúncias e monitoramento da região. Os agentes flagraram dois homens, incluindo um adolescente, operando os drones e preparando os pacotes para o lançamento. Um dos adolescentes confessou receber R$ 200 por entrega e já ter realizado três entregas anteriormente.
A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) tem enfrentado um desafio constante para conter o ingresso de objetos ilícitos nos presídios. Apesar das medidas de segurança, como telas de proteção e equipamentos de alta tecnologia, os criminosos encontram novas formas de burlar o sistema. O uso de drones se tornou uma prática comum em diversas unidades prisionais do país.
A facilidade de aquisição de drones e a alta capacidade de carga desses equipamentos tornaram a tarefa de interceptar os objetos ainda mais difícil. Além disso, a tecnologia permite que os drones sejam controlados remotamente, dificultando a identificação dos operadores.