Vítima estava acompanhada de amigos, quando sumiu na água
Jovem identificado como Maikon Felipe Torqueti Lopes, de 24 anos, morreu, nesse domingo (24), em Rochedo, pós se afogar no Rio Aquidauana.
Conforme boletim de ocorrência, a vítima é moradora de Campo Grande e estava acompanhada de amigos. Por volta das 14h, o grupo chegou à cachoeira e, enquanto algumas pessoas estavam às margens do rio, notaram que a vítima estava na água, causando surpresa nas pessoas, uma vez que ninguém viu o rapaz entrando no local.
Ainda no registro policial, a testemunha informou que ninguém ingeriu bebida alcoólica e não soube dizer se Maikon sabia nadar.
Ao notar que o jovem estava se afogando, alguns amigos tentaram resgatá-lo, mas por conta da força da correnteza, a vítima desapareceu na água, sendo encontrada 1 km à frente, já sem vida.
O caso foi registrado na delegacia de Polícia Civil de Rochedo como morte a esclarecer.
Mais afogamentos – De acordo com o Corpo de Bombeiros, de janeiro até o dia 19 de novembro, foram registradas 53 ocorrências envolvendo salvamentos em piscinas, balneários e rios do Estado.
Para o Campo Grande News, o Corpo de Bombeiros informou que os meses em que mais ocorreram afogamentos em 2024, foram outubro (9), novembro e fevereiro (8), setembro e março (6). Ainda foi informado que a faixa etária mais atendida é entre os 16 e 20 anos e de 66 anos para mais.
O número aumentou, pois no sábado (23) foi registrada a morte de um empresário, de 70 anos, em uma lagoa localizada na área rural de Nova Andradina. A morte de Maikon também entra nas estatísticas.
Como ajudar - O tenente Paulo explica que tanto quem presencia uma pessoa se afogando, quanto a vítima de afogamento, precisam manter a calma. Apesar da principal orientação dada pelo agente de salvamento ser acionar o Corpo de Bombeiros de imediato, pelo 193, o militar diz que há formas de ajudar até a chegada do socorro.
“Pode-se tentar retirar aquela pessoa que está se afogando, sem a necessidade de entrar na água. Tentar lançar uma boia, uma prancha, algum objeto que venha permitir que aquela vítima venha a flutuar e manter ele na superfície da água até que seja feita a devida retirada”, orienta.
Entrar na água para socorrer a vítima deve ser realizado apenas em último caso, se no local não há salva-vidas ou equipamentos necessários para que a pessoa consiga boiar. Nesse caso o tenente explica que o contato direto deve ser evitado.
É preciso evitar o contato direto, de frente com a vítima quando for fazer a retirada da água. A abordagem deve ser sempre feita por trás, pelas costas, para evitar que aquele afogado venha afogar também que está fazendo o socorro. Mas lembrando sempre, se não tiver condições e não souber nadar, não se deve entrar na água para não se tornar outra vítima”.
Paulo ainda explica que no caso do afogamento ocorrer em rios, as orientações são as mesmas. Porém, o tenente explica que até garrafas e placas de isopores podem ser usadas para auxiliar no salvamento, quando não há boias e pranchas flutuadoras.
“Se juntar várias garrafas pets vazias, elas serviriam como um meio de flutuação. Você deve amarrar cordas para que você consiga lançar esse objeto flutuador para a vítima e conseguir puxar essa pessoa para fora”, explica.
› FONTE: Campo Grande News