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Pai mata filho de 11 anos e enterra corpo em mata; vítima era de Campo Grande

Publicado em 03/11/2025 Editoria: Cidade



O homem foi preso após se apresentar à polícia em Florianópolis (SC) e confessar o crime à mãe da criança

 

Menino de 11 anos, natural de Campo Grande, foi morto por asfixia e enterrado pelo próprio pai em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa (PB). O corpo, encontrado em uma cova rasa de cerca de 20 centímetros, foi localizado após o assassino, Davi Piazza Pinto, de 38 anos, confessar o crime à polícia.

A vítima, uma criança com autismo não verbal e deficiência visual, foi morta na sexta-feira (31). Segundo as investigações, o pai usou uma rede e travesseiros para sufocar o filho, colocou o corpo em um saco plástico e o enterrou em uma região de mata afastada.

De acordo com as polícias da Paraíba e de Santa Catarina, o crime foi premeditado. Davi viajou de Florianópolis até João Pessoa sob o pretexto de visitar o menino, mas antes comprou uma pá de jardinagem e alugou uma propriedade rural para esconder o corpo.

No domingo (2), o homem procurou a Polícia Militar catarinense e confessou o assassinato à própria mãe, que acionou o 190. Com base nas informações repassadas, a polícia paraibana localizou o corpo e confirmou a identidade da vítima.

As investigações indicam que o crime pode ter sido motivado por vingança, já que o homem não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da criança. Durante o depoimento, o autor demonstrou frieza, descrevendo com detalhes como matou o filho e onde o enterrou.

Em Campo Grande, onde o menino nasceu e passou os primeiros anos de vida, a notícia causou desespero. A tia materna, de 45 anos, contou ao Campo Grande News que a mãe do garoto está em estado de choque e ainda não consegue falar sobre o caso.

“Meu sobrinho era um menino feliz, tranquilo, não falava, mas demonstrava carinho com gestos e sons. Ele nasceu de 24 semanas, ficou cinco meses na UTI da Santa Casa e superou tudo. Perdeu a visão, mas vivia bem. Não merecia esse fim”, lamentou a tia, emocionada.

Segundo ela, o pai morou por anos na Vila Planalto, em Campo Grande, antes de se mudar para o Sul. “Ele não via o filho havia muito tempo e fingiu querer visitá-lo. Minha irmã acreditava que ele queria passar uns dias com o menino. No domingo, ele ligou dizendo que tinha matado. É uma crueldade que não cabe em palavras”, contou, chorando.

Comoção e revolta – O caso provocou indignação e comoção nacional. Em João Pessoa, moradores do bairro onde o corpo foi encontrado organizaram uma vigília silenciosa em homenagem ao menino.

“Como alguém é capaz de matar o próprio filho, ainda mais de um jeito tão cruel?”, questionou a tia. “Ele tem que pagar. A gente sabe que a Justiça vai fazer o que pode, mas é revoltante pensar que um dia ele pode sair".



› FONTE: Campo Grande News