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De cadeira de rodas, Roberto Razuk coloca tornozeleira e vai para casa

Publicado em 26/11/2025 Editoria: Cidade


Roberto Razuk acenou para imprensa e brincou com jornalistas (Marcos Morandi, Jornal Midiamax)

Roberto Razuk acenou para imprensa e brincou com jornalistas (Marcos Morandi, Jornal Midiamax)

Pai do deputado Neno Razuk (PL) foi preso ontem em operação do Gaeco contra o jogo do bicho

O ex-deputado estadual de MS, Roberto Razuk colocou tornozeleira e irá voltar para casa ainda na manhã desta quarta-feira (26), em Dourados. Ele foi preso na terça-feira pelo Gaeco, durante a 4ª fase da Operação Sucessione, que investiga o jogo do bicho no Estado.

Conforme apurado pela reportagem, Razuk dormiu com os filhos na delegacia regional de Dourados.

Com pantufas verdes e de cadeira de rodas, o pai do deputado estadual Neno Razuk (PL) acenou para a imprensa e brincou: ‘Rapaziada, vê se me deixa bonito aí, viu”.

Prisão domiciliar

A decisão foi assinada ainda ontem pela juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, do Núcleo de Garantias de Campo Grande, após a quarta fase da Operação Successione, do Gaeco/MPMS (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul). Razuk foi preso junto dos filhos, Jorge e Rafael.

Na ação, 20 pessoas foram presas, incluindo o empresário Sérgio Balthazar, um amigo da família; e o chefe de gabinete do deputado estadual Neno Razuk (PL), Marco Aurélio Horta.

A ex-prefeita de Dourados Délia Razuk (PSDB) afirmou ao Jornal Midiamax que o marido e ex-deputado estadual Roberto Razuk estaria enfrentando estado de saúde extremamente delicado.

Segundo a mãe do deputado douradense Neno Razuk (PL), o patriarca teria passado por duas cirurgias oncológicas para remoção de tumores na bexiga e no rim.

“Ele acabou de fazer duas cirurgias. A situação dele de saúde é extremamente delicada”, disse a ex-prefeita momentos após a prisão dele, na terça-feira (25).

Gaeco deflagra quarta fase da Operação Successione
Na terça-feira, 25 de novembro de 2025, o Gaeco/MPMS (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) deflagrou a quarta fase da Operação Successione, contra uma organização criminosa que explora jogos ilegais.

Foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã. Alvos também foram identificados no Paraná, em Goiás e no Rio Grande do Sul.

Entre os presos, estão o empresário e ex-deputado estadual Roberto Razuk; os filhos dele, Rafael e Jorge Razuk; o advogado e suplente de deputado estadual, Rhiad Abdulahad; além do empresário Sérgio Donizete Balthazar e uma pessoa identificada como Samuel.

Em dezembro de 2023, o Gaeco identificou que o grupo tentou assumir o controle do jogo do bicho em Campo Grande, após a derrocada da família Name na Operação Omertà, em dezembro de 2019.

O deputado estadual Neno Razuk (PL) — filho de Roberto Razuk — é apontado pelos promotores como líder da organização criminosa que contava com policiais militares como ‘gerentes’ do grupo que controlava o jogo do bicho no Estado.

Os mandados foram cumpridos em endereços dos pais de Neno, do chefe de gabinete dele e de Rhiad.

Roberto Razuk foi apontado pelo Gaeco como antigo chefe da operação do jogo do bicho na região sul do Estado. Até a década de 1990, o esquema em todo o Mato Grosso do Sul era liderado por Fahd Jamil, também alvo da Successione em fases anteriores.

Fahd deixou o comando da organização criminosa e dividiu a operação em duas frentes: a região de Campo Grande ficou com Jamil Name e a região de Dourados e Ponta Porã passou para Roberto Razuk. O antigo líder ficou distante, mas manteve influência, como mostrou reportagem da revista Piauí, em dezembro de 2024.

 



› FONTE: Midiamax