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Segundo dia de greve de motoristas de ônibus e chuva encarecem corridas por app

Publicado em 16/12/2025 Editoria: Capital


Valor de viagem dobrou em dia de chuva e greve (Foto: Reprodução)

Valor de viagem dobrou em dia de chuva e greve (Foto: Reprodução)


Corrida de R$ 30 está passando dos R$ 70 na manhã desta terça-feira

 

Campo Grande começou esta terça-feira sob chuva e pelo segundo dia consecutivo sem transporte coletivo urbano. A greve dos motoristas de ônibus segue sem acordo e voltou a impactar diretamente a rotina de quem depende do serviço para trabalhar ou acessar serviços básicos.

Desde as primeiras horas, pontos de ônibus ficaram vazios e terminais sem movimentação, enquanto trabalhadores, estudantes e idosos precisaram buscar alternativas, como aplicativos de transporte, caronas ou longas caminhadas. Em algumas regiões da Capital, o impacto foi maior, especialmente nos bairros mais afastados do Centro.

A greve dos motoristas ocorre em meio a reivindicações da categoria, que cobra melhorias nas condições de trabalho e avanços nas negociações salariais. Até o momento, não houve acordo entre o sindicato dos trabalhadores, as empresas concessionárias e o poder público que garantisse a retomada do serviço.

Com a frota parada, usuários recorreram aos aplicativos de transporte logo nas primeiras horas da manhã e encontraram tarifas bem acima do habitual. Por volta das 6h, uma corrida curta entre a Rua Pedro Eduardo Leite, no Centro-Oeste, e a Rua do Alto, no bairro Santa Fé, custava R$ 65,10 no Uber Pop, R$ 71,61 no Pop Expresso e R$ 35,60 na categoria Moto. No mesmo trajeto, o UberX saía por R$ 57,74, o Comfort por R$ 59,61 e o Preço Flex por R$ 54,02. Em dias sem paralisação, o valor médio para esse deslocamento não passava de R$ 30.

A própria plataforma indicava “preços mais altos do que o normal”, reflexo direto do aumento da demanda provocado pela ausência dos ônibus.

Os trabalhadores do transporte coletivo decidiram manter a greve e não cumprir a determinação judicial que prevê a circulação mínima de 70% da frota, por se tratar de serviço essencial. A categoria afirma que a paralisação continua diante da falta de avanço nas negociações.

O impasse só deve voltar à mesa nesta quarta-feira, quando está prevista uma audiência de conciliação entre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura de Campo Grande. O Poder Executivo afirma estar em dia com o pagamento da tarifa técnico, repassada ao Consórcio.



› FONTE: Campo Grande News