Milho safrinha deve ter redução de 50 mil toneladas no Estado
Publicado em 10/08/2019
Editoria: Cidade
Levantamento de safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento aponta que a produção do milho safrinha em Mato Grosso do Sul deve ter redução de 50 mil toneladas em relação ao estudo do mês passado, alcançando 9,910 milhões de toneladas. Em julho, a estimativa de volume produzido do cereal no Estado era de 9,960 milhões de toneladas. Apesar da revisão para baixo do milho segunda safra no mês passado, o total produzido pela cultura nesta safra deve ficar 56,4% maior do que no ciclo anterior, quando foram produzidas 6,338 milhões de toneladas no Estado.
Conforme o estudo, a produtividade do milho safrinha também deve ficar menor do que a projetada no levantamento anterior, saindo de 5.382 quilos por hectare para 5.355 quilos por hectare (redução de 0,5%), porém, 45,3% acima dos 3.685 quilos por hectare da safra passada. A área cultivada permanece em 1,850 milhão de hectares, o que representa avanço de 7,6% em relação ao ciclo 2017/2018.
Quando considerada a safra total de grãos de MS, a Conab estima crescimento de 14,8% no volume produzido – de 16,4 milhões de toneladas, na safra 2017/2018, para 18,8 milhões de toneladas nesta temporada. No comparativo com o levantamento anterior, quando a produção projetada era de 18,9 milhões de toneladas, houve redução de 0,4% na projeção de aumento.
A área total plantada ficará em 4,849 milhões de hectares, decréscimo de 0,2% no comparativo com o total projetado no mês passado, de 4,860 milhões de hectares. Já em relação à safra anterior (4,545 milhões de hectares), a estimativa ainda é de elevação, de 6,9%. A Conab também estimou para baixo a produtividade total de grãos no Estado. Foi projetado aumento de 7,6% neste último levantamento (menor do que o índice divulgado em julho, de 7,8%), saindo de 3.890 para 3.882 quilos por hectare. No ciclo 2017/2018, essa média havia sido de 3.608 quilos por hectare.
SAFRA NACIONAL
A safra brasileira de grãos relativa ao ciclo 2018/19, encerrado em 30 de junho, somará 241,3 milhões de toneladas, aumento de 6%, ou 13,7 milhões de t, quando comparada à temporada 2017/19 e um recorde, segundo a Conab. Em relação à divulgação do levantamento da safra de grãos anterior, de julho, a Conab revisou para cima suas projeções em 0,27%. A área plantada está prevista em 63 milhões de hectares, 2% mais ante 2017/18.
O milho segunda safra, que ainda está sendo colhido em várias regiões produtoras, continua sendo responsável pelo reajuste positivo nas previsões. A Conab ampliou a projeção de colheita do grão, que agora será de 73,1 milhões de toneladas, montante 0,96% maior em relação à estimativa de julho e 35,6% mais ante o ciclo 2017/18. Já a produção de milho primeira safra, ou de verão, ainda em colheita no Norte e Nordeste, deve encerrar 2018/19 com 26,2 milhões de toneladas ou 2,1% ante a safra passada e estável ante os números divulgados em julho pela Conab. A colheita de milho alcança 84% da área plantada no País.
Outro destaque da safra 2018/19 continua sendo o algodão. O Brasil deverá colher 4 milhões de toneladas algodão em caroço e 2,7 milhões de t de pluma – ante 2 milhões de toneladas em 2017/18, volume 34,2% maior. A Conab revisou levemente para cima, ou 0,74%, em agosto ante julho os números para a fibra natural. No levantamento anterior, de julho, a estatal previa a colheita de 2,68 milhões de toneladas.
A Conab informou também que a soja, cuja colheita já foi concluída, alcançou 115,1 milhões de toneladas, volume 3,5% menor em relação à safra passada, com 78% da produção concentrada no Centro-Oeste e Sul. No caso de Mato Grosso do Sul, a produção estimada da oleaginosa pela Conab permanece no mesmo patamar do levantamento divulgado em julho, devendo atingir 8,504 milhões de toneladas, o que corresponde à redução de 11,4% no comparativo com a safra passada (de 9,6 milhões de toneladas). A produtividade também foi mantida em 2.980 quilos por hectare, queda de 17,1% em relação ao ciclo anterior (3.593 quilos por hectare). A área plantada da cultura ficou em 2,853 milhões de hectares (incremento de 6,8% no comparativo com a safra 2017/2018).
OUTRAS CULTURAS
Ainda de acordo com o levantamento da Conab, a safra de trigo foi revisada para baixo. Nos números divulgados em julho, o País deveria colher 5,5 milhões de toneladas do cereal de inverno. Agora, a previsão é de 5,4 milhões de toneladas, volume 1,81% menor. Em relação à temporada 2017/18, o volume deve ficar estável.
O arroz, por sua vez, tem produção estimada em 10,4 milhões de t, um recuo de 13,6%. O estudo aponta como causa as reduções de área do cereal ocorridas nos principais estados produtores.
O feijão primeira safra, também já colhido, teve um recuo de 22,5% na produção e deve chegar a 996,4 mil toneladas, em decorrência da queda de área e da produtividade no Paraná, Minas Gerais e Bahia. O feijão de segunda safra, com a colheita praticamente concluída, deve render 7,2% a mais em relação a 2017/18, para 1,3 milhão de toneladas, em função do clima favorável, diz a Conab. O feijão terceira safra, por sua vez, deve crescer 20,5% em volume.
› FONTE: Correio do Estado