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Delegado que furtou cocaína presta depoimento em processo de estupro

Publicado em 03/09/2019 Editoria: Polícia


Eder chegando a sala de videoconferência do fórum nesta tarde (Foto: Liniker Ribeiro)

Eder chegando a sala de videoconferência do fórum nesta tarde (Foto: Liniker Ribeiro)

O delegado Eder Oliveira Moraes, de 50 anos, preso desde julho por furtar 101 quilos de cocaína de dentro da delegacia de Aquidauana, foi levado ao Fórum de Campo Grande na tarde desta terça-feira (3) para prestar depoimento sobre o estupro de adolescentes na delegacia de Rio Verde – a 207 quilômetros de Campo Grande. Ele é investigado pelo crime desde 2016, quando as denúncias dos abusos chegaram à justiça do município.
 
 
Conforme apurado pelo Campo Grande News, o processo de estupro de vulnerável é resultado da denúncia de dois adolescentes que afirmaram terem sido abusados pelo delegado dentro da Delegacia de Polícia Civil de Rio Verde. Caso teria acontecido em 2016.
 
Eder nega o crime. Para o advogado Irajá Pereira Messias, responsável pela defesa do delegado, é denúncia é absurda. Ele alegou que o contato do cliente com os adolescentes foi apenas profissional, em horário comercial e de porta aberta. “Hoje ele terá a oportunidade de esclarecer a situação”, defendeu Messias.
 
Para prestar depoimento, Eder foi escoltado da cela da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande até a sala de videoconferência do fórum, onde será ouvido pelo juiz Rafael Gustavo Mateucci, da 1ª Vara Cível e Criminal de Rio Verde. Como o processo corre em segredo de justiça, a imprensa não foi autorizada a acompanhar a audiência.
 
Da época como delegado em Rio Verde, Eder ainda responde a processos por peculato e improbidade administrativa, os dois resultados da investigação sobre o desvio de 68 bezerros apreendidos irregularmente pela Polícia Civil. O crime aconteceu entre janeiro e abril de 2015 e envolveu outras quatro pessoas.
 
O delegado ainda é réu por porte ilegal de arma de fogo e pelo furto de 101 quilos de cocaína em Aquidauana. O revólver calibre 38 sem registro foi encontrado com ele no dia em que policiais da Corregedoria da Polícia Civil cumpriam mandado de prisão pelo “sumiço” da droga de dentro da delegacia.
 
Nesta tarde, Irajá Pereira Messias, que também defende Eder nos dois casos, detalhou apenas que a arma havia sido adquirida dias antes de ser apreendida pela polícia e por isso não tinha registro. “Não deu tempo de registrar”, defendeu o advogado.
 
Furto da droga – A cocaína foi apreendida em 30 de maio, pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) no compartimento oculto de um caminhão. Os 94 tabletes, que totalizaram 101 quilos, viajam de Corumbá para São Paulo.
 

 



› FONTE: Campo Grande News