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Setembro Verde: MS lança campanha estadual nesta sexta-feira (20)

Publicado em 20/09/2019 Editoria: Região


Apesar de ser o maior em números absolutos dos transplantes pelo sistema público de saúde, país ainda está abaixo da média se considerada a média por cidadão 
 
Mato Grosso do Sul lança nesta sexta- feira (20.09) a Campanha Oficial “Semana Estadual de Incentivo a Doação de Órgãos e Córneas”, às 19h30 no MARCO – Museu de Arte Contemporânea, iniciativa do Centro Estadual de Transplante e Governo do Estado. Setembro é o mês dedicado à campanha de conscientização sobre a importância da doação de órgãos denominada “Setembro Verde” e o dia 27 é o dia escolhido como o Dia Nacional do Doador de Órgãos. 
 
O Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo em números absolutos. Entretanto, em números relativos,  a  taxa de doadores é de aproximadamente 14 por milhão de habitantes,  abaixo da média considerada ideal que seria  15 doadores por milhão de habitantes.
 
A legislação brasileira é uma das mais seguras com a exigência de duas avaliações clínicas por médicos diferentes. São profissionais capacitados e não participam das equipes de retirada dos órgãos. É exigido também um exame complementar que mostra ausência de fluxo cerebral e atividade elétrica.
 
Também é possível ser doador em vida, sem comprometer a saúde. Nesses casos, a pessoa doa tecidos, rim e medula óssea. Ocasionalmente, também é possível doar parte do fígado ou do pulmão.
 
Quando a morte cerebral acontece há perda irreversível das funções vitais que mantêm a vida, como a perda da consciência e da capacidade de respirar. O indivíduo pode ser um potencial doador de córneas, rins, fígado, coração, pulmão, pâncreas entre outros órgãos e tecidos. Os órgãos são retirados e utilizados para transplante. Ou seja, um único doador pode salvar cerca de oito vidas.
 
O trabalho da Central Estadual de Transplante
 
Até o mês de agosto deste ano já foram captados 86 órgãos de 34 doadores.  De acordo com a Coordenadora da Central Estadual de Transplante, órgão ligado à Secretaria de Saúde do Estado do MS, Claire Miozzo, em todo o País existem cerca de 30 mil pessoas estão na fila a espera de um transplante de órgãos. Aqui no Estado os números são bem menores. Na espera por córnea são 210 pessoas que aguardam doação e 114 esperam por um transplante de rins.
 
 
Ninguém está preparado para a perda de um ente querido e sem informação prévia, fica mais difícil
 
As pessoas precisam conversar sobre o assunto (doação). Não há necessidade de deixar nada por escrito, apenas informar aos familiares que quer doar os órgãos. Se um dia acontecer alguma coisa você poderá ajudar outras pessoas que estão esperando. Ainda temos uma taxa alta de recusa porque muitas vezes a família não sabe a vontade da pessoa. Por isso é importante deixar a família avisada, explica Claire. Além disto ainda há muita desinformação sobre o assunto. Daí a importância das campanhas de conscientização.
 
São vários fatores que dificultam a captação e doação de órgãos para transplante. Um deles é exatamente o momento, extremamente delicado, que esta situação acontece. “Ninguém está preparado para a perda de um ente querido”. E sem informação prévia, fica ainda mais difícil o profissional de saúde abordar o familiar para fazer a doação. Além disto, o hospital precisa estar devidamente equipado e corpo clínico preparado. Sem isto é impossível realizar o processo.
 
Todo o procedimento de retirada dos órgãos e transplante, no paciente receptor, é custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Tem jovens, crianças em leito hospitalar esperando e você pode mudar a vida de pessoas. Tudo é custeado pelo SUS, a doação não tem custo para hospital e para família. O pré-transplante, o transplante propriamente dito e o pós também é custeado pelo SUS.
 
Também é bom saber que nenhuma religião se posiciona de modo absoluto contrária à doação, mas a crença da morte relacionada à parada do coração e os rituais ligados ao corpo falecido limitam a possibilidade de adesão à doação e, posteriormente, ao transplante.
 


› FONTE: Subcom