Advogado nega que crime cometido por PM em Aquidauana seja passional
Publicado em 26/10/2019
Editoria: Polícia
Foto Portal de Aquidauana
Na manhã deste sábado, o policia militar Izaque Leon Neves, de 33 anos se apresentou à Corregedoria da PM em Campo Grande.
Izaque estava foragido desde a ultima quinta-feira quando por volta das 20h30 disparou vários tiros, ferindo mortalmente o Cabo da Policia Militar Ambiental Jurandir Miranda, de 44 anos que foi socorrido por uma equipe de resgate do Corpo de Bombeiros com apoio do SAMU de Aquidauana.
Jurandir Miranda teria sido atingido por três disparos, sendo um na mão, outro no abdome e o terceiro na virilha o que provocou uma forte hemorragia.
Levado ao Pronto Socorro do Hospital Regional de Aquidauana a vitima veio a óbito. A dinâmica do crime ainda está em fase de investigação e também a motivação.
O Juiz da Vara Criminal do Judiciário de Aquidauana, Dr. Giuliano Maximo Martins decretou a prisão de Izaque Leon Neves que por medida de segurança se apresentou no inicio da manhã deste sábado na Corregedoria da Policia Militar em Campo Grande..
O advogado Thiago Pereira Gomes que o acompanhou, disse ao Portal de Aquidauana que por se tratar de crime envolvendo a Policia Militar e a Policia Militar Ambiental o processamento e colhida de informações seria de competência da corregedoria.
A intenção de se apresentar em Campo Grande teve por finalidade salvaguardar a vida do Militar, a fim de se apurar com segurança o que realmente aconteceu, sem julgamentos prévios. "O procedimento adotado pela defesa do soldado Izaque Leon Neves dá celeridade na busca da verdade dos fatos", confirmou o advogado Thiago Pereira Gomes.
O advogado esclareceu ainda que Izaque Leon Neves se apresentou espontaneamente, prestou os devidos esclarecimentos e foi registrado seu depoimento. Izaque estava com preventiva em aberta e ela foi considerada cumprida.
Após o exame de corpo de delito, ele foi encaminhado para o presidio militar onde se encontra preso, a disposição da justiça. "Acompanhamos pessoalmente a entrega dele no Presidio Militar de Campo Grande", disse Thiago Pereira Gomes.
O advogado nega que o crime tenha sido passional e motivado por ciúmes. Nada a ver esta versão dos fatos, pois Izaque já estava em um outro relacionamento e a sua ex-mulher também já não teria mais contato com a vitima. "É um caso complicado", frisou.
Segundo o Dr. Thiago Pereira o caso é antigo e realmente deflagrou uma desavença entre eles, mas já estava superado e não tem relação com o crime ocorrido na lanchonete na Vila Santa Terezinha onde o autor estava trabalhando.
Outros detalhes em relação ao caso, o advogado prefere aguardar ter acesso integral ao inquérito e aos depoimentos das testemunhas. Gomes, esclareceu que o PM estaria recebendo ameaças e ficará mais seguro no presídio militar.
Fato
Foto Portal de Aquidauana
O crime ocorreu na rua Campo Grande, no Bairro Ovídio Costa - Vila Santa Terezinha.
Conforme o boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de Aquidauana, Izaque estava sentado em frente à sua lanchonete, conhecida como Fênix, quando Jurandir se aproximou pilotando a motocicleta Yamaha/XTZ 125 branca, fez uma conversão na via e estacionou em frente ao estabelecimento.
Izaque, então, se levantou da cadeira, sacou a pistola .40 e disparou contra a vítima que ainda estava em cima da moto.
Jurandir Miranda foi socorrido e encaminhado para o Pronto Socorro do Hospital Regional de Aquidauana onde morreu poucos minutos depois.
Através do inquérito policial instaurado, do depoimento do autor e de testemunhas, pericia nas armas, verificação de imagens de câmeras de segurança, a policia poderá ter subsídios para esclarecer o crime e definir a motivação.
Despedida
Foto Blog da GI
O caixão com o corpo do cabo da PMA Jurandir Miranda foi colocado em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros e o cortejo seguiu nesta manhã de sábado (26) para o Cemitério Municipal de Aquidauana onde foi recebido com honras por colegas da corporação militar.
Durante o sepultamento, tristeza, lamentos e indignação com a tragédia.