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Prédio em construção desaba sem deixar vítimas na zona norte de SP

Publicado em 11/02/2020 Editoria: Brasil


Edifício de cinco andares no Limão estava vazio quando desmoronou na madrugada desta terça (11)

Edifício de cinco andares no Limão estava vazio quando desmoronou na madrugada desta terça (11)

Um prédio de cinco andares em construção desabou, na madrugada desta terça-feira (11), no bairro do Limão, na zona norte de São Paulo. De acordo com o Corpo de Bombeiros, não houve vítimas. 
 
O prédio, que estava vazio, desmoronou sem ferir ninguém. 
 
A zona norte de São Paulo foi uma das mais atingidas pelas fortes chuvas desde a noite de domingo (9). Bairros como a Freguesia do Ó e Tremembé registraram 139,5 mm e 148 mm de precipitação, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).
 
As precipitações ganharam força na primeira hora do dia e continuaram ao longo de todo o dia. No final da tarde, já havia chovido em dez dias na capital paulista 96% do esperado para todo o mês.
 
Em três horas, o volume do rio Pinheiros atingiu o maior nível desde que o governo começou a monitorar o sistema, em 1967, segundo a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado. O transbordamento do Pinheiros e do Tietê em diversos trechos contribuiu para travar a circulação na cidade. 
 
A cidade recebeu, na segunda-feira, o segundo maior volume de chuvas para o mês de fevereiro em 77 anos. Os rios Pinheiros e Tietê transbordaram, ruas foram alagadas, moradores ficaram ilhados, escolas suspenderam aulas e transportes e serviços públicos foram interrompidos. As autoridades chegaram a recomendar a quem pudesse que evitasse sair de casa.
 
Além do desabamento no Limão, o Corpo de Bombeiros não registrou ocorrências graves durante a madrugada. O último balanço, no final da noite de segunda-feira (10), foi de 1043 pontos de enchentes durante o dia; 193 desmoronamentos; 219 quedas de árvore. Em 24 horas, a corporação atendeu 10371 ligações, que resultaram em 2345 ocorrências.
 
Diversos serviços foram interrompidos. O Tribunal de Justiça cancelou expediente nas unidades da Grande São Paulo e das comarcas de Botucatu, Cubatão, Mongaguá, Praia Grande e São Vicente. Na Lapa, a Superintendência da Polícia Federal suspendeu a emissão de passaportes.
 
Principal entreposto de abastecimento da cidade, a Ceagesp foi também inundada. Alimentos foram perdidos e, ilhados no entorno, caminhões de transporte ficaram parados por horas.
 
Os alagamentos afetaram até a alimentação de 8.203 detentos e 484 jovens menores de idade em medida socioeducativa. Ao menos nove unidades da Fundação Casa e seis Centros de Detenção Provisória ficaram sem receber almoço entre a manhã e a tarde desta segunda-feira.
 
No Complexo Vila Maria da Fundação Casa, próximo à marginal Tietê, refeições só chegaram de helicóptero, com auxílio da Polícia Militar.
 
Os pontos de alagamento afetaram gravemente o transporte dentro da cidade e também nas entradas e saídas. 
 
Ônibus deixaram de circular pelo menos em algum momento por 13 vias da cidade, como as marginais e as avenidas Braz Leme, Chucri Zaidan, Francisco Morato, Interlagos, Marquês de São Vicente e Santo Amaro.
 
 Nesta terça, um dia depois do caos vivido em São Paulo, a capital paulista tem trânsito abaixo da média, mesmo com o rodízio de veículos ainda suspenso.


› FONTE: Folha