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Em bloco LGBT, alegria é ver “as bichas fecharem a rua” sem medo de ser feliz

Publicado em 23/02/2020 Editoria: Cidade


Nas palavras dos organizadores, “ver as bichas fecharem a rua” em Campo Grande para fazer Carnaval LGBT é muita alegria

Nas palavras dos organizadores, “ver as bichas fecharem a rua” em Campo Grande para fazer Carnaval LGBT é muita alegria

Na balada gay não pode faltar close, com looks e maquiagens célebres. No Carnaval LGBT não foi diferente. Neste sábado estreou com brilhos e cores o Carnaval LGBT, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande. Bloco CarnaVrau liderado pela comunidade se dedicou ao axé, funk e músicas que animam as casas noturnas, mas não deixou de lado os discursos de resistência.
 
Apesar do ventinho nas primeiras horas do dia ontem, o clima ficou quente no período da tarde com sol forte, mas ninguém prestou muita atenção.
 
Na Rua Dr. Zerbini, cerca de 300 foliões só olhavam para o meio da rua e as bandeiras coloridas que alegravam a festa e demonstravam o amor à comunidade LGBT. O respeito a esse público também foi uma constante.
 
Cantora sertaneja, DJ, drag queen e bandas animaram o público com clássicos do axé, música eletrônica e muito pop que foram intercalados com discursos de resistência, como o do proprietário da casa noturna Pink Lemonade Deko Giordan, um dos organizadores, que não escondeu a alegria de ver uma rua em bairro nobre fechar com a bandeira LGBT para fazer folia de rua.
 
“Meu amor, as bichas fecharam uma rua nessa cidade e nem é parada gay, só tenho motivos para ficar feliz e continuar lutando ao lado dos outros blocos e movimentos que são organizadores deste Carnaval pela nossa folia. Ter um bloco de rua, com artistas de expressão e corpos LGBT é muito importante. É o real sentido de liberdade no Carnaval”, explicou ele ao Lado B.
 
E bom humor é um dos lemas do Carnaval LGBT, e teve grupo que levou a sério e aproveitou o nascimento do bloco para mudar o roteiro, como foi o caso do psicólogo Rafael Barros, 27 anos, e os amigos que até ano passado só levavam o bloco “A Casa Caiu” para a Esplanada Ferroviária. “Esse é o quarto do nosso bloco, criado entre amigos, e quando descobrimos sobre o bloco de LGBT pensamos que era uma oportunidade de curtir em ambiente diferente e falar com bom humor sobre os problemas da vida”, explica sobre o sentido do nome dado ao bloco.
 

“O que a gente quer dizer é que a casa cai pra todo mundo em algum momento da vida e a gente precisa vencer esses obstáculos, dividir com o outro, ser aberto ao diálogo para ter como se levantar”, completa o psicólogo.


› FONTE: Campo Grande News