Fake news: Mosquitos não transmitem o novo coronavírus, alerta entidade
Publicado em 17/03/2020
Editoria: Saúde
A World Mosquito Program Brasil, entidade que desenvolve pesquisas sobre doenças transmitidas por mosquitos, divulgou comunicado nesta terça-feira (17) destacando que, até o momento, não há qualquer informações e nem evidências científicas sugerindo que o novo coronavírus, causador do Covid-19, possa ser transmitido por mosquitos.
A publicação foi motivada por conta de fake news que circulam nas redes sociais e comunicadores, como Facebook e WhatsApp, que afirmam que mosquitos como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zyka e febre chikungunya, já estariam transmitindo coronavírus. A informação, portanto, é falsa.
A organização destaca que o novo coronavírus se espalha principalmente por gotículas de saliva, geradas quando uma pessoa infectada ri ou espirra, ou através de gotículas de saliva ou secreção nasal. Ela também destaca as formas de prevenção, o que pode ser feito com a assepsia das mãos, evitando toques no rosto com as mãos sujas e pelo contato com pessoas tossindo ou espirrando.
Vale lembrar que a pandemia de coronavírus não impede que doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue e leishmaniose, sigam em propagação. Por conta disso, é importante que moradores mantenham terrenos limpos e livres de focos, que são ocasionados pelo acúmulo de água em recipientes como vasos de plantas, pneus, calhas, recipientes plásticos, garrafas de vidro e demais itens que acumulem água.
Prevenção é o caminho
A prevenção ao coronavírus é simples, e serve também para a maioria dos vírus que são transmissíveis por gotículas de saliva e por contato, como a influenza. O primeiro passo é higienizar as mãos regularmente com água e sabão.
Não é preciso fazer força. Basta esfregar gentilmente as mãos com sabonete ou sabão. Não esqueça a região entre os dedos e unhas, até a altura do pulso, por cerca de 20 segundos. Depois, seque bem com papel descartável. Se não houver água e sabonete, você pode usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
Também é recomendado higienizar as mãos com álcool em gel ou com água e sabão após tocar em superfícies compartilhadas, como corrimãos, maçanetas, barra de ônibus, dentre outros.
Outro hábito a ser incorporado na rotina é evitar, com as mãos sujas, toques no rosto e em áreas de mucosa, como olhos, nariz e boca. Ao espirrar e tossir, deve-se usar a parte interna do cotovelo para evitar a dispersão de micro-organismos no ambiente, e limpar o rosto com um lenço descartável, que deve ser colocado imediatamente no lixo.
As máscaras são indicadas a qualquer pessoa que manifeste sintomas gripais, como tosse, espirros e coriza, independente de ser ou não coronavírus, pois os itens ajudam a evitar a dispersão de gotículas de saliva. Porém, elas não têm eficácia de evitar a infecção.
Para prevenir infecções desse tipo, deve-se evitar aglomerações, espaços fechados e contato físico com pessoas com sintomas gripais. Também é recomendado não compartilhar objetos como canudos, talheres, bombas de tereré e chimarrão, piteiras e narguilés.
Por fim, a limpeza de ambientes e superfícies pode ser feita com facilidade usando-se produtos comuns de limpeza, como álcool 70%, água sanitária e desinfetantes em geral.
› FONTE: Midiamax Guilherme Cavalcante