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Menina belga de 12 anos é mais jovem vítima do coronavírus na Europa

Publicado em 31/03/2020 Editoria: Saúde


Uma menina belga de 12 anos de idade se tornou a pessoa mais jovem a morrer na Europa por causa do coronavírus, informou nesta terça (31) o governo da Bélgica.
 
A menina teve febre por três dias e piorou subitamente, segundo Steven Van Gucht, que coordena a equipe científica de combate à pandemia no país. O teste para coronavírus deu positivo. O governo não informou o nome da menina, a cidade em que ela estava nem se ela tinha outros problemas de saúde.
 
“Pessoas de todas as idades podem ter complicações, ainda que elas sejam mais raras entre os mais jovens. Cada caso precisa ser tratado individualmente”, afirmou Van Gucht.
 
Foi a primeira morte de uma criança na Bélgica desde que o coronavírus foi detectado pela primeira vez, em 3 de fevereiro.
 
Até esta terça, a pessoa mais jovem a morrer na Europa por causa do coronavírus era Vitor Godhino, 14, de Porto, em Portugal, que morreu no domingo.
 
Na semana passada, Julie Alliot, 16, morreu em Paris.
 
Em quarentena há 15 dias, a Bélgica registra quase 12 mil casos confirmados (11º maior número no mundo) e 513 mortes (10º maior número no mundo).
 
Os hospitais belgas têm cerca de mil pacientes em unidades de tratamento intensivo, 786 deles em aparelhos de respiração. Segundo o centro belga de combate à pandemia, a taxa de ocupação das UTIs é de cerca de 53%.
 
As medidas de restrições de contágio reduziram a progressão dos casos na Bélgica, segundo estudo publicado nesta segunda pelo Imperial College, mas médicos do país se preparavam para um pico de pessoas doentes nas próximas semanas.
 
Em entrevista a uma rádio belga, o diretor da Sociedade Belga de Medicina Intensiva, Geert Meyfroidt, disse que o ponto mais crítico da epidemia no país deve ocorrer no começo de abril. “Será a semana da verdade”, afirmou, sobre a capacidade dos hospitais de atender aos doentes.
 
"Mas esta é uma maratona e não uma corrida de 100 metros, por isso teremos que ficar sempre vigilantes”, disse ele. Embora ainda haja leitos de cuidado intensivo disponíveis, algumas cidades estão ficando saturadas, segundo ele. Na região de Flandres, a mais atingida da Bélgica, pacientes de Limburg foram transferidos para outras três cidades.
 

Em Bruxelas também há relatos de hospitais chegando perto da capacidade de atendimento. Também em entrevista a uma rádio, a ex-ministra da Saúde Laurette Onkelinx apontou o caso do hospital Brugmann, em que 18 dos 21 leitos de UTI estavam ocupados por pacientes com Covid-19, 16 deles com aparelhos de respiração.


› FONTE: Folha