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MS tem 15 vítimas de feminicídio neste ano

Publicado em 08/06/2020 Editoria: Cidade


“Quem mandou terminar comigo? Se não era pra ser minha, não vai ser de mais ninguém”. Sentimento de posse, controle sobre o corpo e autonomia da mulher e a não aceitação do término do relacionamento estão entre as principais causas de morte por feminicídio.
 
Muitas mulheres sofrem violência doméstica e não denunciam. Algumas têm medo, vergonha ou dependem financeiramente do agressor; outras acreditam que ele pode mudar e voltar a ser o bom companheiro do início do relacionamento; tem as que amam demais e perdoam sempre; e, ainda, as que nem perceberam que estão vivendo uma situação de violência.
 
Ajudar essas mulheres a romper o silêncio e buscar ajuda especializada é o objetivo da Campanha Estadual de Combate ao Feminicídio, realizada na primeira semana do mês de junho. “Infelizmente, a grande maioria das vítimas são mulheres que não buscaram ajuda da rede de atendimento. Nosso propósito com a campanha é fazer com que essa mulher consiga identificar que está no ciclo da violência e rompê-lo com a ajuda de acompanhamento especializado, a fim de evitar o ápice da violência que é o feminicídio em sua forma tentada ou consumada”, explica a subsecretária estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja.
 
“Quem mandou terminar comigo? Se não era pra ser minha, não vai ser de mais ninguém”. Sentimento de posse, controle sobre o corpo e autonomia da mulher e a não aceitação do término do relacionamento estão entre as principais causas de morte por feminicídio.
 
Muitas mulheres sofrem violência doméstica e não denunciam. Algumas têm medo, vergonha ou dependem financeiramente do agressor; outras acreditam que ele pode mudar e voltar a ser o bom companheiro do início do relacionamento; tem as que amam demais e perdoam sempre; e, ainda, as que nem perceberam que estão vivendo uma situação de violência.
 
Ajudar essas mulheres a romper o silêncio e buscar ajuda especializada é o objetivo da Campanha Estadual de Combate ao Feminicídio, realizada na primeira semana do mês de junho. “Infelizmente, a grande maioria das vítimas são mulheres que não buscaram ajuda da rede de atendimento. Nosso propósito com a campanha é fazer com que essa mulher consiga identificar que está no ciclo da violência e rompê-lo com a ajuda de acompanhamento especializado, a fim de evitar o ápice da violência que é o feminicídio em sua forma tentada ou consumada”, explica a subsecretária estadual de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja.
 
A defensora pública e coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), Thais Dominato, destaca a importância do combate à violência doméstica para que ela não se torne um feminicídio. “Ao atendermos uma mulher em situação de violência doméstica, nosso objetivo é fazer o atendimento integral: atuar nas medidas protetivas; na defesa da vítima nos processos que tramitam nas varas de violência doméstica; ajuizar todas as ações necessárias para o rompimento do ciclo da violência (divórcio, dissolução de união estável, guarda, alimentos, partilha de bens etc); ajuizar ações de indenização por danos materiais e morais e pedidos de vagas em escolas para os filhos dessas mulheres. Todos esses atendimentos servem na prevenção do crime de feminicídio, que é o ápice”, finaliza.
 
O Nudem na capital está atendendo por meio do telefone (67) 3313-5835 e também pela plataforma de atendimento virtual: www.defensoria.ms.def.br. O promotor Douglas Oldegardo que atua em julgamentos de casos de feminicídio alerta que, “o primeiro ato de agressão física é uma luz vermelha acesa dentro de casa”. “Não desgrude o olho dela (…) O segundo ato de agressão dispara a sirene dessa luz vermelha. O compromisso foi quebrado (…) Ainda que seja longo o relacionamento, as pessoas mudam. Ele mudou. (…) registre a ocorrência e se proteja. Se depois de dizer que não aceita, você aceitar, você estará dizendo a ele: pode fazer, eu aceito”.
 
Destaca ainda que a partir desses dois sinais é importante que a vítima registre tudo. “Qualquer agressão, qualquer ameaça, qualquer violação de medida protetiva, qualquer injúria, qualquer perturbação da tranquilidade. Não fale pelo telefone nas brigas, fale pelo whatsapp para ter os prints ou grave as conversas. E nunca se esqueça. Nenhum feminicídio começa na briga que ocorreu no dia. Eles sempre começam lá atrás, no primeiro tapa. A morte é uma consequência de como as coisas foram conduzidas a partir dali.
 
Em caso de violência contra a mulher, basta ligar para o telefone 190.


› FONTE: Portal MS