Com delegado preso, colega vai acumular funções em duas unidades
Publicado em 24/06/2020
Editoria: Cidade
Nomeação de Edmilson José Holler saiu no Diário Oficial, junto com retirada de Márcio Obara das funções de titular do 2º DP
O delegado de Polícia Civil Edemilson José Holler foi nomeado nesta quarta-feira (24) para responder pelo expediente da 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande. A unidade ficou sem titular depois do afastamento de Márcio Shiro Obara, preso durante a terceira fase da operação Omertà, contra grupos de extermínio atuantes na Capital e em Ponta Porã, aos quais ele é acusado de dar apoio.
Na terça-feira, foi publicado o afastamento de Obara das funções públicas, pelo período que durar a medida de restrição de liberdade imposta pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal em Campo Grande. Hoje, saiu mais uma portaria com o nome dele, agora retirando o cargo de titular da delegacia do Monte Castelo.
Na mesma edição do Diário Oficial, o delegado Holler foi nomeado para assumir o “expediente” da unidade policial. Ele vai acumular a função com o trabalho na Primeira Delegacia de Polícia Civil, onde é adjunto.
A 2ª DP tem mais um delegado, Camilo Kett. A mudança vale de 18 de junho até 31 de dezembro, pelo menos.
Policial- Também foi publicada hoje a perda de função de confiança para o investigador Célio Rodrigues Monteiro, que tinha a função de chefe de seção, também preso na Omertà. Célio, que trabalhava na DEH (Delegacia Especialida de Repressão a Crimes de Homicídios) até o dia da prisão.
Célio é acusado, assim como Obara, de dar apoio a milícia armada responsável por execuções, prejudicado investigações.
Contra o delegado, há a suspeita de ocultar e destruir provas e de receber R$ 100 mil em propina. Contra Célio, existe evidencia de transação recebendo R$ 60 mil do delegado.
Sobre as acusações, as duas defesas negam. A de Obara afirma que ele recebeu herança e tem como provar. A do investigador afirma que ele tomou emprestado dinheiro do colega e pagou. Ambos entraram com pedido de habeas corpus, ainda não julgado. Enquanto isso, seguem na 3ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Carandá Bosque.
› FONTE: Campo Grande News