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Estiagem pede responsabilidade coletiva para queimadas urbanas

Publicado em 28/07/2020 Editoria: Brasil


Queimadas preocupam as autoridades (Foto: Reprodução/Gov)

Queimadas preocupam as autoridades (Foto: Reprodução/Gov)

O tempo seco e a falta de chuva são fatores preocupantes nos meses de outono e inverno em que o risco de queimadas urbanas aumenta oferecendo riscos à população, também responsável por atear fogo nos terrenos baldios e vegetação.
 
 
 
Dados de 2020 do Centro de Proteção Ambiental no período de janeiro até a primeira quinzena de julho mostram que o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul já atendeu 2.643 ocorrências de incêndios florestais no período, sendo 1.459 delas na Capital. 
 
 
 
Os números por enquanto estão menores que os registrados no mesmo período de 2019 - considerando todo mês de julho - que teve 3.175 registros no Estado, 1.953 deles em Campo Grande. Historicamente agosto é um mês que requer atenção. Para se ter uma ideia o período concentrou 23% do total (6.335) das ocorrências registradas pelos Bombeiros nos doze meses do ano passado. 
 
 
 
Algumas cidades sul-mato-grossenses sofrem há mais de 20 dias com a estiagem. Costa Rica está no topo da lista e não vê chuva desde o dia 28 de junho, quando choveu 0,4 milímetros. Esse mesmo volume de chuva foi registrado em Campo Grande no dia 16 de julho. Os dados são das estações meteorológicas Semagro/Inmet/Embrapa. 
 
 
 
O período de estiagem deve continuar em Mato Grosso do Sul, segundo a coordenadora do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), Franciane Rodrigues, não há expectativa de chuva significativa para o Estado ao menos até dia 12 de agosto. 
 
 
 
Diante desse cenário também agravado pela pandemia do novo coronavírus, o Corpo de Bombeiros alerta para a importância da conscientização da sociedade nos cuidados preventivos para evitar colocar fogo em terrenos baldios ou em vegetação para realizar limpeza. 
 
 
 
“Estamos no período de estiagem, onde a vegetação está extremamente seca e com a baixa umidade, favorecendo para o descontrole das queimadas e propagação de incêndios. Além de causar complicações respiratórias devido a fumaça, principalmente em crianças e idosos, é uma preocupação a mais em época de pandemia, pois pode superlotar as unidades de saúde”, alerta nota nas redes sociais da instituição. 
 
 
 
Importante lembrar que atear fogo em terreno baldio pode configurar crime de poluição e se o fogo expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio o responsável pode ser enquadrado por crime de incêndio cuja pena é de 3 a 6 anos de reclusão acrescida de multa. Em caso caso de emergência, a população pode ligar no 193.
 
 
 
Queimadas no Pantanal 
 
 
 
Após o decreto de situação de emergência uma ação conjunta do Governo do Estado com as Forças Armadas e Ibama atuam para eliminar e controlar os focos de calor que se propagam no Pantanal. Os focos de incêndio se estendem desde a divisa de Corumbá com Mato Grosso ao Forte Coimbra, na fronteira com o Paraguai.
 
 
 
A Operação Pantanal II envolve mais de 100 pessoas, entre bombeiros, brigadistas, marinheiros, pilotos e o grupo de suporte operacional e técnico. Os ministérios da Defesa e de Meio Ambiente enviaram quatro aeronaves – quatro helicópteros e um Hércules – para integrar a força-tarefa.


› FONTE: Conjuntura Online