Deputados militares dizem que reforma da categoria terá sacrifícios
Publicado em 21/03/2019
Editoria: Cidade
Os deputados militares na Assembleia Legislativa disseram que a reforma da previdência, para categoria, que foi apresentada ontem (20), no Congresso Nacional, também vai exigir sacrifícios, assim como a proposta para o restante da população. Eles voltaram a defender que a classe precisa ter regras próprias, porque existem diferenças em relação às demais profissões.
“Todos terão que dar sua contribuição para previdência e os militares não será diferente, e vão acatar o que for necessário e possível. Temos nossas diferenças na carreira, tanto que não há folga, não temos garantias como outros trabalhadores e vamos também ter sacrifícios”, disse Carlos Alberto David (PSL), o Coronel David.
Ele diz ser favorável ao texto que chegou ao Congresso e que na sua opinião não “privilégios” aos militares, como muitos criticam. “Acredito que muitas reclamações aos militares, é uma forma de tentar atingir o presidente (Jair Bolsonaro), que tem carreira militar”.
Para Renan Contar (PSL) os “sacrifícios” que os militares terão que cumprir, com a reforma da previdência, está até muito a mais do que deveria. “Não sem aposentamos, ficamos na reserva, além de ter o risco de vida, disponibilidade permanente da carreira”. O deputado entende que se forem retirados os “atrativos” da categoria, ninguém mais vai querer ingressar na carreira militar.
Contra – O deputado Cabo Almi (PT) disse que está muito preocupado com a carreira dos soldados, cabos e sargentos, já que segundo ele, é o pessoal que mais trabalha na ativa da Polícia Militar. “Com 35 anos para entrar na reserva, como este pessoal vai chegar até lá”. Ele se diz contra tanto a reforma da previdência aos militares, como do restante da população.
Projeto – O projeto da reforma da previdência dos militares prevê um aumento da contribuição de 7,5% para 10,5% no salário, a partir de 2022, tendo um período de transição até chegar a este patamar. O tempo mínimo de contribuição vai ser ampliado de 30 para 35 anos.
A idade limite para entrar na reserva que hoje é de 44 a 66 anos, vai mudar de 50 a 70 anos. No rol dos dependentes, vão ficar apenas três categorias de parentesco, sendo que atualmente chegam a dez. A proposta aos militares será avaliada pelo Congresso Nacional, primeiro pela Câmara dos Deputados e depois do Senado.
› FONTE: Campo Grande News