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Nem com ordem judicial paciente consegue vaga e acaba morrendo em UPA

Publicado em 28/03/2021 Editoria: Saúde


A ordem judicial para internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) veio na segunda-feira (dia 22), mas Francisco Ribeiro de Oliveira, 75 anos, morreu ontem (dia 27) na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino à espera de vaga.
 
Na sexta-feira (dia 26), a Defensoria Pública entrou com pedido para sequestrar R$ 30 mil da prefeitura de Campo Grande. Não houve decisão e o paciente, retrato da falta de leitos na escalada da pandemia de coronavírus, será sepultado neste domingo.
 
“A ordem judicial veio no dia 22. Mas não cumpriam, não cumpriam. Só falavam que não tinha leito disponível”, afirma Claiton de Oliveira, 41 anos, filho de Francisco.
 
Morador em Campo Grande, o idoso teve sintomas da covid-19 e deu entrada na UPA Coronel Antonino em 14 de março.
 
Com a gravidade do quadro clínico, o médico plantonista solicitou, por meio da central de regulação do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), uma vaga na rede hospitalar.
 
No processo, foi pedido liminar para internação na rede publica ou transferência para a rede privada, com a UTI custeada pela administração municipal. A ação lembra que a UPA não tem estrutura para dar suporte em casos graves: como equipamentos para exames e estrutura (sem equipe técnica disponível para oferecer comida, água ou mesmo banho aos pacientes que estão internados).
 
A liminar determinando a internação foi deferida pelo juiz da 6ª Vara do Juizado da Fazenda Pública, Alexandre Branco Pucci. Na sexta-feira, a fila de espera para transferência  de UPA para hospital tinha 45 pessoas.
 
De acordo com boletim divulgado ontem pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Campo Grande tem 587 pessoas internadas com covid-19, sendo 279 em leito de UTI.
 
Com a previsão de ampliar a estrutura até dia 5, a prefeitura estuda custear 10 leitos de UTI no hospital El Kadri e abrir 44 leitos clínicos em duas UPAs.
 


› FONTE: Campo Grande News