Pai pede desculpas e diz estar pronto para consequências por assassinar o filho
Publicado em 25/08/2021
Editoria: Cidade
Evaldo Christyan Dias Zenteno, de 23 anos, acusado de matar o próprio filho, Miguel Henrique dos Santos Zenteno, de 2 anos, afogado em uma bacia em setembro de 2019, escolheu permanecer em silêncio durante o julgamento, que está sendo realizado na manhã desta quarta-feira (25) em Campo Grande.
Ele chegou de cabeça baixa no tribunal do júri e, sentado no banco dos réus, Evaldo não ergueu a cabeça em nenhum momento. Na plateia, Thayelle Cristina Bogado dos Reis, mãe de Miguel, juntou as mãos, em sinal de oração, quase de súplica, ao ver o ex-companheiro.
O julgamento de Evaldo começou com o depoimento de um policial militar, que atendeu o caso. Como o policial não foi encontrado, o júri reproduziu o vídeo do depoimento feito na audiência de instrução.
A cada palavra do policial sobre a morte do filho, Thayelle fechou os olhos, como se ouvir os detalhes do dia em que perder Miguel fosse doloroso demais para "rever". De olhos cerrados, ela ouviu a palavra "morte" e os motivos que levaram ao crime: vingança por um novo relacionamento da mãe do menino.
No depoimento reproduzido, o militar lembrou as contradições do depoimento de Evaldo, todo caminho feito pelas equipes em busca dos supostos assaltantes que teriam jogado o filho dentro de um córrego de Campo Grande, até o momento que desvendaram todas as mentiras e confirmaram que o pai era o assassino do próprio filho.
Ao fim do vídeo, foi a vez de Evaldo falar, mas ele escolheu apenas pedir desculpas. "Peço desculpa por ter estragado a vida da minha família e da dela [Thayelle] também. Estou disposto a pagar as consequências no meio dos homens e nos meios de deus também", disse Evaldo. A única reação de Thayelle foi cobrir os olhos com a mão e balançar a cabeça. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
› FONTE: Evaldo chegou de cabeça baixa e assim ficou ao longo do julgamento (Foto: Marcos Maluf)