Anastácio pode virar referência em MS no tratamento para pessoas com Autismo
Publicado em 10/04/2019
Editoria: Saúde
Pais que tem um filho diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), não só enfrentam um drama pessoal como devem preparar a paciência e o bolso, para conseguir atendimento especializado. Após algumas reuniões com a secretária municipal de Saúde, Aline Cauneto e a presidente da Associação dos Familiares de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista de Aquidauana e Anastácio, Adriana Ferreira da Silva Duarte, o prefeito Nildo Alves de Albres determinou que seja criado em Anastácio um Centro de Atendimento à pessoas com Autismo com equipe multidisciplinar.
Durante evento que aconteceu na noite desta segunda-feira, 08 de abril, em referência ao Dia Mundial do Autismo, o gestor municipal, acompanhado da primeira-dama Cássia Albres e da secretária municipal de Saúde Aline Cauneto, reafirmou o compromisso com os pais da Associação, já que a incidência do autismo está aumentando, por razões que a ciência ainda busca uma explicação, e não se vê uma elevação da oferta de atendimento especializado para este público.
"No meu mandato não cabe mais fazer rodadas de conversas e discussões para depois ver a viabilidade para implantar serviços em Anastácio, pois eu tenho pressa. Eu perguntei para a secretária junto com a Adriana que dia ela vai colocar o serviço para funcionar, pois quero ver esse atendimento em prática. Já somos referência em Saúde Mental em MS, segundo a Secretaria Estadual de Saúde e assumo mais esse compromisso, pois confio na minha equipe e quero que este serviço de atendimento especializado ao Autista também seja referência no Estado, recurso é a minha responsabilidade e nós temos para tocar as ações de saúde em Anastácio e a parte técnica é responsabilidade da Secretaria", disse o prefeito.
Com o objetivo de conscientizar e esclarecer para a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, principalmente que as pessoas aceitem e respeitem as crianças e adultos com autismo, que muitas vezes sofrem com a falta de conhecimento, o evento foi agraciado com duas importantes palestrantes: a médica psiquiatra Monise Cristine Souza que falou sobre a importância do diagnóstico precoce do TEA e a neuropsicóloga e Gerente Pedagógica do CEAME/TEA e da SED/MS, Paola Gianotto Braga, que abordou o processo de inclusão e o atendimento educacional ao estudante com TEA.
A psiquiatra explicou que o diagnóstico do autismo é complexo, demorado e sobre alguns sintomas característicos. Pontuou que o TEA não tem cura, mas o diagnóstico precoce e o tratamento correto podem melhorar o desenvolvimento do paciente. O tratamento é multidisciplinar e às vezes há a necessidade do uso de medicamento para o controle do comportamento. Já a neuropsicóloga falou sobre as adequações de conteúdos necessárias ao atendimento das necessidades educacionais para a inclusão de estudantes com transtorno do espectro autista nas escolas regulares, tanto infraestrutural, quanto de equipamentos, materiais e a importância da capacitação docente para conduzir o processo de inclusão efetiva destes estudantes.
A presidente da Associação, em nome dos pais que também participaram da Roda de Conversa, parabenizou a atenção de Anastácio à causa, e por ser mãe de uma criança autista, sabe o quanto é oneroso arcar com as despesas de um tratamento de qualidade. O deputado estadual Felipe Orro e o vereador de Aquidauana Cláudio Alviço, presentes no evento, também elogiaram a iniciativa do prefeito Nildo. O vereador Eduardo Carpejani, autor do Projeto de Lei que prevê políticas públicas para garantias, proteção e ampliação de direitos do autismo em Anastácio, também participou da Roda de Conversa, junto com o presidente da Câmara Municipal, Lincoln Peliccioni e convidados do município de Dois Irmãos do Buriti.
O evento também contou com espaço reservado de brincadeiras e atividades para as crianças presentes na palestra, para que os papais e mamães pudessem participar com tranquilidade, enquanto os pequenos estavam sob cuidados de um psicólogo, uma professora e dois monitores. Ao final das palestras, o público tirou suas dúvidas sobre o assunto com as especialistas convidadas.
› FONTE: Assessoria