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Diretores da Anvisa relatam insegurança após terem recebido ameaças

Publicado em 02/11/2021 Editoria: Brasil


Ameaças foram reveladas pela Anvisa na semana passada e tinham como objetivo impedir o uso de vacinas contra Covid em crianças. Segundo relatos, não houve retorno sobre apurações.
Por Camila Bomfim, GloboNews — Brasília
 
Diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) têm relatado nos bastidores que sentem insegurança diante das ameaças recebidas na semana passada.
 
Na última sexta (29), a Anvisa revelou que os cinco integrantes da diretoria do órgão foram ameaçados por e-mail. As intimidações exigiam que o pedido de uso da vacina contra a Covid-19 em crianças, a ser feito pela Pfizer, não seja aprovado.
 
Fontes confirmaram à GloboNews que as autoridades já têm o nome e o CPF do autor das ameaças.
 
Segundo relatos, diretores da Anvisa estão insatisfeitos porque não houve contato por parte de nenhuma autoridade com a agência para dar retorno sobre as apurações.
 
Ainda conforme os relatos, um eventual sigilo para não atrapalhar as investigações não faz sentido porque o autor das ameaças assina o e-mail.
 
Até agora a única medida informada à Anvisa foi o fato de a Presidência ter encaminhado o caso para os ministérios da Justiça e da Saúde, um andamento formal.
 
Nos bastidores, diretores da Anvisa dizem que estranharam o fato de serem alvo de uma ameaça sobre vacina uma vez que os imunizantes são comprados pelo governo, não pela agência.
 
As ameaças
 
Os cinco integrantes da diretoria da Anvisa receberam um e-mail do mesmo remetente: um homem do Paraná. Esse homem ameaçou a vida dos diretores e também disse que irá retirar a criança da escola e optar pelo modelo de "homeschooling" caso a vacina seja obrigatória.
 
Os e-mails foram enviados na mesma semana em que a Pfizer anunciou que entrará com pedido de uso emergencial do imunizante para crianças no Brasil.
 
"Deixando bem claro para os responsáveis, de cima a baixo: quem ameaçar, quem atentar contra a segurança do meu filho: será morto", disse o homem no e-mail.
 
"Isso não é uma ameaça. É um estabelecimento. Estou lhes notando por escrito porque não quero reclamações depois", acrescentou.
 


› FONTE: g1