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Juiz nega adiar júri de condutor de BMW e manda recado a advogado: “dá tempo”

Publicado em 18/04/2022 Editoria: Cidade


Marcado para a próxima quarta-feira (dia 20), o julgamento de Wilson Benevides de Souza, condutor da BMW/320 que matou técnica de enfermagem em acidente de trânsito, foi mantido pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos.
 
O advogado Thiago da Costa Rech pediu o adiamento, mas o magistrado destacou que “dá tempo de fazer a defesa de forma eficiente”.
 
Na última terça-feira (dia 12), o advogado informou que foi contratado naquela data, faltando oito dias para o júri popular. Rech ainda alegou que é servidor público estadual e teve perícia agendada para a mesma data do julgamento. Ele está afastado temporariamente em virtude de problemas de saúde.
 
“No mais, não obstante ao infortúnio acima exposto, tem-se que o presente caso apresenta complexidade de causa, e, pelo fato de ser recém contratado, não possui maior conhecimento das provas e argumentações que compreendem o presente Processo Penal”, afirmou o advogado.
 
Ao negar o adiamento do júri, o magistrado destacou que o réu está preso há muito tempo e tem o direito de ser julgado em prazo razoável.
 
“Indefiro o pedido de adiamento do júri tendo em vista que dá tempo de fazer a defesa de forma eficiente, não sendo processo complexo, aliás, apenas um acusado”.
 
Ainda segundo o juiz, o CPP (Código de Processo Penal) veda adiamento de júri, salvo se houver motivos justificados. O magistrado entendeu que a consulta pode ser reagendada.
 
Nesta segunda-feira, o advogado informou que busca resolver a questão da consulta para participar do julgamento na quarta-feira.
 
Caso - O acidente foi na noite de 24 de janeiro de 2021, no cruzamento da Avenida Prefeito Heráclito Diniz Figueiredo e Rua Veridiana, Bairro Estrela do Sul, em Campo Grande. Carla Jaqueline Miranda, 40 anos, conduzia uma Honda Biz e morreu no local.
 
 
Segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o réu agiu com dolo eventual ao assumir o risco de produzir um grave acidente e provocar a morte de outras pessoas, além de desrespeitar diversas regras de trânsito: excesso de velocidade, invadir a contramão, dirigir sob efeito de álcool e sem habilitação.
 
Carla era mãe de cinco filhos e, um mês antes do acidente, comemorou nas redes sociais a compra da motocicleta. 


› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS