Maio Amarelo: acidentes de trânsito causados por animais geram alerta
Publicado em 20/05/2022
Editoria: Trânsito
Em 2021, a Santa Casa recebeu 41 pacientes vítimas de choque em animal
É esperado que os motoristas já estejam acostumados a enfrentar situações adversas nas vias de trânsito da cidade, como engarrafamentos e alagamentos. Mas, um fato bem expressivo, que tem trazido pacientes para a Santa Casa de Campo Grande, são as vítimas de acidentes com animais, principalmente em rodovias, onde muitos condutores não sabem como proceder ao se deparar com a situação.
Para se ter ideia, em 2021, a Santa Casa recebeu 41 pacientes que deram entrada na Urgência e Emergência do Pronto-socorro após se acidentarem no trânsito por causa de "choque em animal”. Já em 2022, apenas nos dois primeiros meses do ano, foram 6 pacientes admitidos pelo mesmo motivo. E, segundo as pessoas que trafegam pelas estradas do Estado, é comum encontrar animais soltos pelas vias.
Como exemplo dessa situação, a paciente Rosa Gonçalves Baria, de 66 anos, sofreu um acidente de trânsito em abril deste ano, vindo de Rio Negro/ MS para Campo Grande/ MS e não usava cinto de segurança na van, quando um cavalo entrou na pista. “Estava no transporte e vim fazer hemodiálise. Só senti o baque, quando eu vi, já estava cheio de vidros cortados em cima de mim”, explicou Rosa.
“Eu tenho medo, nessas viagens tem capivara, tem anta, tem tatu, tem tamanduá-bandeira”, complementou a paciente que sofreu traumas no braço direito e na região do tórax. Rosa ficou internada por 14 dias na Santa Casa, passando pelo Pronto-socorro e pela Unidade do Trauma e teve acompanhamento pelas especialidades de Cirurgia Torácica e da Ortopedia, até receber alta médica no mês de maio.
A segurança nas estradas, no que diz respeito principalmente às rodovias que ligam cidades, é uma preocupação não só de Mato Grosso do Sul, mas sim mundial. Tanto que, a Organização das Nações Unidas (ONU), reconhece que as colisões nas estradas são questões de saúde pública, por meio do Plano Global para a Década de Ação para a Segurança Viária (2021 – 2030), que tem objetivo é reduzir no mínimo 50% das mortes e feridos em acidentes.
Além da morte dos animais, os custos médicos com os feridos e até possíveis perdas de vidas humanas justificam as medidas que evitem ou reduzam as chances de colisões entre animais e veículos. “Esses pacientes de acidentes nas BRs que chegam até o nosso hospital, que é uma referência em trauma, geralmente são politraumatizados, que é uma doença totalmente prevenível. E a gente pode prevenir com uma fiscalização maior e com consciência e atenção na hora de dirigir”, reforçou o dr. Rodrigo Quadros, médico emergencista do Pronto-socorro da Santa Casa de Campo Grande.
› FONTE: ASCOM Santa Casa de Campo Grande