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Polícia volta atrás e diz que agente que matou petista no Paraná não morreu

Publicado em 11/07/2022 Editoria: Brasil


No domingo, polícia divulgou que atirador também morreu, mas voltou atrás no início da noite

Horas após a morte do guarda municipal, petista e dirigente do PT em Foz do Iguaçu, no Paraná, Marcelo Arruda, a Polícia Civil do Paraná corrigiu informação divulgada ao longo deste domingo (10) e afirma que o agente penitenciário Jorge José Guaranho não morreu em troca de tiros.

O apoiador de Bolsonaro que invadiu a festa de aniversário de Marcelo, que tinha o presidenciável Lula como tema, e o matou, está internado.

De acordo com o UOL, o agente foi levado para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck. A unidade não informou o estado de saúde de Guaranho e disse que somente compartilhará informações com familiares e a polícia.

A morte do agente foi confirmada desde a manhã de domingo pela própria Polícia Civil, que divulgou nota à imprensa sobre o assunto.

Confira a nova nota divulgada pela Polícia Civil do Paraná no fim da tarde deste domingo:

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informa que a Polícia Civil está investigando a morte do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda. Ele e o policial penal federal Jorge Jose da Rocha Guaranho se desentenderam durante a festa de aniversário de Arruda.

Os dois acabaram baleados, Guaranho segue internado em estado grave. Imagens estão sendo analisadas e testemunhas sendo ouvidas. A Polícia Científica está atuando no procedimento pericial que auxiliará para que os fatos sejam esclarecidos e o Inquérito Policial relatado e encaminhado à Justiça.

Quem é o agente penitenciário que invadiu festa de petista

O agente penitenciário Jorge a Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos últimos anos, ele defendeu o governo federal, incentivou a compra de armas pela população e falou em "limpar" o Brasil do PT.

Na noite de sábado, 9, Guaranho e Arruda trocaram tiros. Arruda morreu devido aos ferimentos e, segundo informações da Polícia Civil, o bolsonarista segue internado "em estado grave".

Guaranho está no serviço público federal desde 2010, de acordo com informações que publicou nas redes sociais. Ele apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018 e usa as redes sociais para atacar o PT e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em uma postagem, em dezembro daquele ano, ele compartilhou a publicação de uma página no Facebook que classificava Lula como "bandido" e a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, como "a mosca do cocô do cavalo do bandido".

"Vamos todos juntos nessa luta para limpar o Brasil do PT, limpar o país desses corruptos que só buscam perpetuação no poder às custas do bem da maioria", publicou Guaranho na campanha eleitoral de outubro de 2018. Neste sábado, ele passou em frente à festa de aniversário de Marcelo Arruda, que comemorava 50 anos de idade com o PT como tema da decoração.

Ao confrontar o aniversariante defendendo o presidente Bolsonaro, a discussão acabou terminando em troca de tiros, de acordo com o boletim da polícia. Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu. Guaranho foi internado e, segundo nota da Polícia Civil, está em estado grave.

No Twitter, ele se define como conservador e cristão, e escreveu "armas = defesa", na descrição de seu perfil. O policial já fez defesas do armamento em publicações abertas. Já com Bolsonaro no poder, Rocha Guaranho foi irônico ao defender o armamento, bandeira do presidente da República. "Estão criticando quem quer arma sobre o preço e que pobre não pode comprar.

Será que eles sabem quanto custa um iPhone." Ele também alimentava teorias de fraude na urna eletrônica - para ele, o fato de Bolsonaro não ter vencido a disputa presidencial com Fernando Haddad (PT) no primeiro turno era a prova disso.

É possível ver imagens do bolsonarista fazendo sinais de armas com as mãos e fotos em apoio ao presidente Bolsonaro nas redes sociais. Antes do atual presidente assumir o poder, o autor dos disparos contra Arruda dizia que "o Brasil está violento e precisa mudar".

Ele pregava que a eleição de Bolsonaro iria resolver o cenário da violência. Ainda em 2018, o agente penitenciário criticou uma suposta agressão sofrida por um eleitor do então candidato do PSL à Presidência, relatando que uma aluna deu socos em um professor que simplesmente vestia a camisa de Bolsonaro. Três anos depois, ele é acusado de matar um homem de 50 anos por ódio à bandeira do PT usada na festa de aniversário.

 



› FONTE: Com informações de agências