Equipamento de motosocorro pode reduzir 70% de óbitos em acidentes
Publicado em 18/12/2022
Editoria: Trânsito
Vítima de acidente sendo atendida pelos bombeiros (Foto: Henrique Kawaminami)
Mecanismo começou a ser usado em 2021 em Mato Grosso do Sul, e promete maior eficácia contra hemorragia
Seja por ferimentos graves, fratura, cortes ou perfurações, o torniquete, técnica usada para conter o fluxo de sangramento, é sempre o melhor a se fazer nos primeiros socorros. Mas, há cerca de um ano, novo equipamento usado por motosocorro do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul pode reduzir em 70% os óbitos por acidentes.
O tenente Ênio Conturbia explica que o mecanismo começou a ser usado em 2021. Disponível em ambulâncias, o aparato é preferencialmente colocado nas motos da corporação, já que os veículos são os primeiros a chegar no local do acidente e militares podem agir de forma mais eficaz contra hemorragias.
"Temos o torniquete cintura pélvica e cintura escapular, usados pela URSA (Unidade de Resgate e Suporte Avançado) e os torniquetes táticos (portáteis), são usados nas demais viaturas e no motosoccoro, para serem utilizados em braços e pernas", detalha.
Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 12 desses equipamentos de socorro. No início do ano, o Estado deve mais 20 kits, cotados em R$ 240 (cada), segundo o tenente, responsável pelo Centro de Resgate e Atendimento Hospitalar do Corpo de Bombeiros.
Na última quarta-feira (14), uma mulher de 59 anos foi atropelada por uma motocicleta, enquanto atravessava a rua na faixa de pedestre. O acidente aconteceu na Avenida Nasri Siufi com a Rua Pará, no Jardim Tijuca. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros com fratura exposta na perna e encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande.
Para Ênio, "o tempo resposta de nossa equipe de motossocorro foi essencial neste atendimento". "Um enfermeiro no local tentou aplicar um torniquete improvisado, porém não funcionou de forma efetiva", enfatizou.
Ele pontua ainda que, as hemorragias são a maior causa de morte em acidentes. "Isso torna o investimento em equipamentos para controle desses sangramentos algo muito viável e significante no socorro às vítimas de trauma na Capital", conclui.
Morte por hemorragia - A perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sanguíneo, veia, altera o fluxo da circulação e pode resultar em óbito num curto período. Dependendo da situação, em até cinco minutos. Por isso, o uso dos torniquetes pelos profissionais pode reduzir o risco de morte em até 70%.
› FONTE: Campo Grande News