Mulher renuncia ao Comando Vermelho, mas morre em “júri do PCC”
Publicado em 15/05/2019
Editoria: Polícia
Rosimar no vídeo gravado pouco antes de ser morta pelo PCC, sexta passada em Dourados (Foto: Reprodução)
Para tentar escapar da morte, Rosimar Gomes de Souza da Cruz, 27, a “Medusa”, prometeu “rasgar” a camisa do Comando Vermelho e se converter ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A promessa, no entanto, não foi suficiente para salvar a vida dela.
Julgada e condenada no chamado “tribunal do crime”, Rosimar foi espancada e enforcada até a morte. Seu corpo foi encontrado na manhã de sexta-feira (10) em uma estrada vicinal perto da favelinha do Jardim Estrela Verá, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
O depoimento de Rosimar está em um vídeo gravado por um dos executores ao qual o site Dourados News teve acesso. No vídeo, a mulher confessa que fazia parte do Comando Vermelho e que estava em Dourados para comprar droga para a facção.
Com as mãos amarradas, Rosimar entrega os nomes e apelidos de vários líderes do Comando Vermelho instalados em Ponta Porã e presos na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), onde, segundo ela, mantêm armas dentro das celas.
No mesmo dia do crime, a Polícia Civil prendeu Fernanda Thais de Queiroz, 28, e Talita Moreira Agueiro, 26. As duas confessaram participação na morte de Rosimar. Outros envolvidos estão sendo procurados pela polícia.
Rosimar tinha chegado três dias antes a Dourados vinda Campo Grande e se hospedou na casa de uma pessoa, de acordo com o delegado. Fernanda e Talita descobriram a chegada da vítima, foram até ela e confirmaram que se tratava de integrante do Comando Vermelho.
Rosimar foi levada para uma casa na favelinha, onde foi julgada no tribunal do crime e assassinada. Fernanda e Talita foram autuadas em flagrante e continuam presas.
› FONTE: Campo Grande News