PF saiu em busca de provas contra candidata que teve R$ 761 mil para campanha
Publicado em 23/05/2019
Editoria: Política
A operação da Polícia Federal desta quinta-feira (23) mira candidata a deputada estadual pelo PRB que recebeu R$ 761.589,50 para a campanha do ano passado e teve 491 votos (0,04% dos válidos). Gilsienny Arce Munhoz é investigada por ter sido candidata “laranja” e ter fraudado a prestação de contas à Justiça eleitoral para justificar os R$ 759 mil gastos.
O Campo Grande News apurou que policiais estiveram na casa dela e onde mora o coordenador da campanha, Edson Bobadilha. A equipe esteve ainda em um terceiro endereço, que não foi informado.
O promotor eleitoral Marcos Alex informou que as diligências estavam sendo feitas e não poderiam passar mais informações.
A reportagem apurou, porém, que Gilsy Arce tem contra ela procedimento aberto pelo Ministério Público Eleitoral que apura falsidade ideológica por causa de suposta fraude na prestação de contas. Fornecedores da campanha já teriam confessado que recebiam valor, emitiam notas, ficavam com parte do dinheiro e devolviam outra parte à campanha da candidata.
A situação da candidata do PRB é parecida com a de candidatas do PSL (Partido Social Liberal) investigado por corrupção envolvendo candidaturas de fachada, esquema que foi apelidado de “laranjal do PSL”.
Um levantamento feito pela Folha de S. Paulo, em fevereiro, colocou numa lista de 53 pessoas, as candidaturas supostamente “laranja” de Gilsy Arce e ainda de Tatiana Mateira (Pros), ambas disputando vaga na Assembleia Legislativa.
Contas - Consta no Divulgacand, que a candidata do PRB recebeu a maior parte do dinheiro para sua campanha do fundo partidário – R$ 760 mil – o restante vieram de doações feitas pór Wilson Acosta, o presidente regional do PRB, e do companheiro de legenda, o vereador Gilmar da Cruz, e de Odilon de Oliveira, que foi candidato a governador pelo PDT e da coligação de Gilsy.
Na prestação de contas, a candidata também informou que o seu maior gasto foi com pessoal, R$ 361 mil.
A reportagem tentou contato com o PRB, mas na sede do partido foi informada que o presidente só estaria por lá à tarde. Acosta não atendeu o celular.
› FONTE: Campo Grande News