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Órgãos de jogador que morreu em partida de futebol salvaram 5 vidas

Publicado em 07/03/2024 Editoria: Cidade


José Luiz (com círculo vermelho) posando para foto com os amigos do Beira-Mar (Foto: arquivo pessoal)

José Luiz (com círculo vermelho) posando para foto com os amigos do Beira-Mar (Foto: arquivo pessoal)

Cinco pessoas que aguardavam na fila de transplantes foram beneficiadas pelos órgãos doados pelo jogador José Luiz de Lima, de 30 anos, que morreu dois dias depois de bater a cabeça numa mureta do Campo de Futebol Marambaia, em Campo Grande.

“Ele se foi, mas salvou vidas”, disseram os irmãos, Rafael e Izabela de Lima, de 32 e 33 anos, durante o velório, no cemitério Memorial Park, em Campo Grande. Foram doados o fígado, o rim, o pulmão, o coração e a córnea.

O incidente aconteceu no último domingo (3). José participava de uma partida de futebol, no Bairro Coophavila II, que não valia por nenhum campeonato, quando na disputa pela bola, foi arremessado pelo adversário, caiu e bateu a cabeça na mureta. Ele foi levado para a Santa Casa, onde teve a morte encefálica constatada.

Segundo Rafael e Izabela, José era o 3º filho de 5 irmãos, era trabalhador, amava muito a família e era servo de Deus. “Fazia tudo pela nossa mãe, pela esposa e pelo filho de 5 anos. Desde quando nosso pai morreu, ele assumiu o papel de homem da casa. Sempre estava presente e faleceu fazendo o que mais gostava, jogando futebol”.

O sonho dele, relembraram, era ser reconhecido como jogador. Infelizmente foi reconhecido em um momento triste. Apesar de tudo, a família afirma estar feliz porque conseguiu doar todos os órgãos saudáveis de José. “Salvou a vida de muita gente. Eu espero agora que essas famílias estejam bem e felizes. Ele era muito saudável, não fumava, não bebia e praticava atividades físicas”, disse Izabela.

Conforme Rafael, José sempre o chamava para jogar futebol, era um cara que sorria o tempo todo. “A gente era conhecido como Faísca e Fumaça”, destacou. O irmão, que também participava da partida de futebol, lembra do incidente que terminou com a morte do jogador. “Ele não teve nem tempo de colocar a mão na cabeça para se proteger, foi muito rápido. O que aconteceu foi a infelicidade de ter uma mureta ali”, contou.

De acordo com ele, a família não culpa o outro jogador, envolvido no incidente. “A polícia vai fazer uma investigação porque foi um acidente, que terminou em morte. Agora, o que nós queremos é só se despedir e lembrar que parte dele vai continuar vivo na terra”, afirma o irmão, se referindo aos órgão que foram doados.



› FONTE: CG News