Inquérito foi aberto para apurar possíveis irregularidades no pedido de crédito, que causou confusão na cidade
O empréstimo de R$ 64 milhões que a Prefeitura de Corumbá pede para a Caixa Econômica Federal, e os vereadores aprovaram em sessão questionada quanto à validade legal, agora é alvo de investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Assinado em 8 de março, a última sexta-feira, um inquérito civil foi aberto para apurar se o pedido "está de acordo com as normas orçamentárias e atende ao interesse público".
O pedido de dinheiro emprestado foi feito pelo prefeito Marcelo Iunes (PSDB), mirando a linha de crédito FINISA (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento voltado ao Setor Público) da Caixa, e usando como garantia a União e recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que é repassado pelo Governo Federal às prefeituras.
Conforme detalhou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Corumbá, a previsão é investir o recursos na infraestrutura urbana da cidade: R$ 20 milhões no programa "Reviva Corumbá"; R$ 500 mil na Praça da Alameda Vulcano; R$ 500 mil na Praça Generoso Ponce; R$ 3,8 milhões na praça do Bairro Ernesto Sassida; R$ 1,7 milhão na nova praça do Bairro Aeroporto; R$ 6 milhões na drenagem da bacia da Rua Firmo de Matos; R$ 8 milhões estão previstos para bacia Madesul; R$ 1 milhão na Casa do Migrante; R$ 1,2 milhão na Praça Casa Nova; R$ 1,3 milhão na Praça do Detran; R$ 3,5 milhões no Parque Nação Zumbi; e R$ 3 milhões em um complexo poliesportivo.
Contrários - Nem todos os parlamentares são favoráveis ao que quer o prefeito e parte da população também resiste à medida para investir na infraestrutura com o argumento de que "a prefeitura está quebrada" e ainda precisa pagar dívidas deixadas pela gestão anterior. Houve até discussão e um episódio de violência na Câmara Municipal por causa disso.
Em 2017, a Prefeitura de Corumbá contratou empréstimo também milionário: R$ 40 milhões obtidos junto ao Fonplata (Fundo Financeiro Para o Desenvolvimento da Bacia do Prata). Os recursos foram destinados para, também, a infraestrutura urbana.
› FONTE: CG News