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Programa Mulher Segura da PM de MS é destaque em Corumbá e Ladário

Publicado em 25/04/2024 Editoria: Cidade


Entrevista: “Minha missão no Programa Mulher Segura é dar dignidade às vítimas de violência doméstica e familiar, e prender os agressores que praticam esse abominável comportamento”, (Sargento PM César, PROMUSE do 6° Batalhão PM em Corumbá)

Trabalhando em favor das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar desde o ano de 2023, 3° Sargento PM César encarou o desafio de estar à frente do Programa Mulher Segura (PROMUSE), nas regiões de Corumbá e Ladário, batalhando num dos maiores programas desenvolvidos pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

Casado com Rosana há 37 anos, pai de 06 filhos, o Sargento dedica sua rotina diária de trabalho à missão que, segundo ele mesmo, busca proteger e dar mais dignidade às mulheres que sofrem abusos de agressores em sua rotina diária. “Minha missão no Programa Mulher Segura é dar dignidade às vítimas de violência doméstica e familiar, e prender os agressores que praticam esse abominável comportamento”, disse ele. Veja a seguir, alguns trechos da entrevista:

1. De forma resumida, o que seria o PROMUSE?

É uma sigla para “Programa Mulher Segura”. Como o próprio nome diz, é um trabalho realizado pela Policia Militar em favor das mulheres vítimas de violência doméstica em todo o Estado, garantindo segurança, acompanhamento, solicitação das ‘Medidas Protetivas de Urgência (MPU) e prisão dos agressores.

2. Quantos policiais militares trabalham no PROMUSE no 6° BPM e como são realizados os atendimentos?

Aqui na região de Corumbá e Ladário, trabalhamos eu e o Sargento PM Gerson. Nós fazemos um primeiro contato com as mulheres que possuem ‘medida protetivas’, mostramos nosso trabalho e deixamos elas cientes de seus direitos.

3. O que o motivou a aceitar o desafio de estar à frente do PROMUSE nas cidades de Corumbá e Ladário?

Tudo começou com um convite que recebi da Subcomandante do 6° Batalhão PM, em uma conversa que tivemos. Quando ela me explicou os detalhes do Programa e como isso poderia beneficiar muitas mulheres que são violentadas, aceitei imediatamente. Pra mim, que sempre trabalhei no policiamento preventivo e no atendimento de ocorrências no serviço de radiopatrulha, está sendo uma experiência muito interessante.

4. Existe algum trabalho preventivo e de orientação sobre a Lei Maria da Penha aí na região? Como e onde é feito?

Sim. Além do que falei, também fazemos palestras em Centros Comunitários, escolas, igrejas e, inclusive, junto a população ribeirinha. Esse trabalho é gratificante tanto para nós que estamos aqui no dia a dia, quanto para essas mulheres. Muitas não sabem dos diretos que possuem, nem da existência dessa ‘rede de proteção’ que trabalha em favor delas.

5. Qual o protocolo de atendimento caso haja um flagrante de violência doméstica?

A primeira coisa a ser verificada é se a vítima necessita de atendimento médico. Se esse for o caso, nós a encaminhamos imediatamente ao Pronto Socorro. Depois, identificamos o agressor e, com base na lei Maria da Penha, damos a ‘voz de prisão’ e o levamos à Delegacia para responder pelos seus atos. Mas é bom deixar claro que esses casos são levados a conhecimento da rede municipal de proteção a mulher do município, para um acompanhamento psicossocial.

6. Vocês têm algum tipo de parceria ou acordo com outros órgãos em algum tipo de ‘rede’ em favor das mulheres vítimas de violência?

O trabalho do PROMUSE é integrado, feito em ação conjunta com o Ministério Público Estadual (MPE), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREA) e Centro de Referência de Atendimento à Mulher na cidade de Ladário. Também consideramos parceiras todas aquelas pessoas que são vítimas e outras que tenham conhecimento de algum tipo de agressão e fazem as denúncias no 190.

7. Que recado vocês dariam as mulheres que sofrem violência dentro do lar mais ainda tem medo de denunciar o agressor?

Mulheres, não confundam amor com violência. Nada justifica uma agressão. Que a nossas vozes sejam ouvidas e que sua vida seja valorizada. Denunciem!

 



› FONTE: CPA3/PMMS)