A crise no futebol sul-mato-grossense será tema de discussão nesta terça-feira entre deputados e dirigentes na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. A audiência está marcada para às 14h.
O tema foi levado ao debate pela Comissão Permanente de Educação, Cultura e Desporto, presidida pelo deputado Rinaldo Modesto (Podemos).
Segundo o parlamentar, os representantes dos clubes serão ouvidos e devem apresentar suas demandas para que a comissão possa buscar soluções conjuntas sobre o cenário atual do futebol no Estado.
“Precisamos encontrar saídas para o nosso futebol. Mato Grosso do Sul já figurou entre os maiores do futebol nacional. Atualmente, ocupamos a terceira pior posição, atrás de Rondônia e Amapá”, lembra o deputado.
A comissão também é composta pelos deputados Junior Mochi (MDB), Gleice Jane (PT), Pedro Caravina (PSDB) e Mara Caseiro (PSDB).
Se dentro de campo os resultados não aparecem, fora dele a crise é ainda maior. O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou no dia 21 de maio a Operação “Cartão Vermelho”. O Ministério Público Estadual investiga o desvio de R$ 6 milhões entre setembro de 2018 e fevereiro de 2023.
Francisco Cezário embarca em viatura do Gaeco e vai para a prisão (Foto: Henrique Kawaminami)
O presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário, está preso, acusado de participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos oriundos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e de verbas públicas.
Além de Cezário, que completa 78 anos nesta terça-feira (4), e passou quase 30 anos à frente da entidade, outras seis pessoas foram presas, suspeitas de participação no esquema.
Da prisão, Cezário pediu afastamento do cargo de presidente e a entidade conta atualmente com um interventor. Estevão Petrallás, ex-presidente do Operário, foi encarregado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para administrar o futebol local de forma interina.