Extensão do projeto ‘Aldear Política’, local também quer contribuir com Corredor Cultural da Capital
A Rua 14 de Julho será o novo endereço da Embaixada Indígena em Campo Grande a partir de sábado (08). Com a proposta de ser espaço cultural, de luta e resistência, a embaixada recebe em seu primeiro dia de atividade a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.
Além do viés de diversão, a embaixada pretende ser lugar de resistência do movimento indígena e político. No sábado, o endereço também abre as portas para o projeto ‘Aldear a Política’, que em Mato Grosso do Sul é representado por Val Eloy. Em 2022, ela se tornou a primeira mulher indígena mais votada do Estado.
Neste ano, Val comenta que o projeto continua, sendo uma das principais propostas atingir mais municípios além da Capital. “A gente retorna abrangendo todos os municípios, a ideia é alcançar 16 (candidatos) em todo Estado. Vendo a intensidade e sucesso que tivemos, viemos agregando os pré-candidatos vendo que esse espaço é nosso”, afirma.
Nas eleições deste ano, o projeto pretende lançar mais representantes na política, sendo Val Eloy uma das candidatas municipais. Em Aquidauana, a irmã, Simone Eloy sairá como pré-candidata, ambas pelo PT (Partido dos Trabalhadores). Por enquanto, outros nomes são estudados, assim como as ações para a corrida eleitoral.
“A princípio não sentamos para falar quais as próximas ações, mas nós seguimos fazendo oficinas, ações, dando essa visibilidade para as pré-candidaturas”, explica Val.
O projeto Aldear a Política surgiu em 2022 tendo como Sônia Guajajara uma das principais vozes. Naquele ano, o lançamento foi um chamado para fortalecer candidaturas indígenas e eleger candidatos desse grupo em todo o Brasil.
Embaixada Indígena - Criada no mesmo ano do projeto político, a embaixada ocupava outro endereço em Campo Grande. A curadoria do espaço é de Bárbara Albino e Tanaíra Sobrinho. Além da pauta indígena, Bárbara explica que o lugar abre espaço para outras.
“Seu objetivo é proporcionar um ambiente acolhedor que seja ao mesmo tempo, lugar de entretenimento e reflexão, voltado para pessoas indígenas, negras, LGBT+, mulheres, adeptos de religiões de matriz africana e todos aqueles que buscam um local para celebrar, trocar experiências e discutir pautas progressistas, diz.
Operando de forma coletiva, colaborativa e independente, o local pretende oferecer programação variada com rodas de conversa, palestras, exposições, apresentações artísticas, feiras de economia alternativa, solidária e atividade de formação cultural e política.
A escolha do novo endereço, conforme a curadora, teve a acessibilidade como um dos fatores considerados. “Além disso, a decisão também visa contribuir para o desenvolvimento do Corredor Cultural de Campo Grande após a revitalização da área. Já há uma programação e um movimento interessante nos bares vizinhos, e a Embaixada Indígena se tornará mais um ponto de atração nesse contexto”, destaca.
A Embaixada Indígena abre as portas no sábado com a presença da ministra, pré-candidatas e artistas locais como o Teatro Imaginário Maracangalha, Cia Apoema, Begét de Lucena. O evento é a partir das 18h na Rua 14 de Julho, 2494, Centro.
› FONTE: Campo Grande News