Um grave acidente vitimou, na manhã desta quinta-feira (31), o ciclista Adão Brites Amarilia, de 42 anos, pertencente à etnia Kaiowá.
Ele foi atropelado por uma carreta enquanto tentava atravessar o anel viário entre a Avenida Guaicurus e a rodovia MS-156, na região norte de Dourados, a 251 km de Campo Grande.
Segundo relatos de um sitiante da região, Adão havia parado em sua propriedade para pedir água. Pouco tempo depois, ao tentar cruzar a via, foi atingido pela carreta.
O caminhoneiro permaneceu no local e acionou o socorro, mas a vítima morreu na hora. Até as 11h, o corpo ainda estava no local, aguardando a chegada da perícia criminal.
O trecho do acidente é conhecido por seu histórico de tragédias. Construída há 13 anos com o objetivo de desviar o tráfego pesado do centro da cidade, a rodovia tem registrado recorrentes casos de atropelamentos envolvendo moradores da Aldeia Bororó e das comunidades indígenas do entorno.
Em protesto, indígenas da região fecharam novamente a rodovia, relembrando que, há exatamente um ano, um caso semelhante tirou a vida de Catalino Gomes Lopes, de 49 anos, também atropelado.
Na ocasião, o corpo foi velado no meio da pista em ato simbólico para chamar a atenção das autoridades.
Apesar da instalação de uma lombada eletrônica após o protesto de 2024, lideranças indígenas afirmam que as medidas adotadas são insuficientes para conter o excesso de velocidade dos veículos. "Precisamos de mais quebra-molas. Nossas crianças estudam e usam essa rodovia todos os dias. As carretas passam em alta velocidade", declarou Hélio Garcete, liderança da Aldeia Bororó.
A comunidade cobra ações imediatas da Prefeitura de Dourados e do Governo do Estado para garantir a segurança dos moradores da região.
› FONTE: Campo Grande News