Crime prescreve e acusado de matar policial se livra de ser preso
Publicado em 19/08/2025
Editoria: Justiça
Wallace Cardoso foi executado a tiros em março de 2005 e Michel Braga Kohiyama nunca foi encontrado.
Depois de 20 anos da execução do policial militar Wallace Cardoso de Carvalho, um dos acusados de envolvimento no crime se livrou de ser preso após o juiz Aluízio Pereira dos Santos reconhecer a prescrição. O caso aconteceu em 13 de março de 2005, no Bairro Bonanza, em Campo Grande, e Michel Braga Kohiyama nunca foi encontrado.
Na decisão, o magistrado pontua que os advogados de Michel fizeram o requerimento da extinção da punibilidade em junho deste ano. No documento, assinado por Fabio Brazilio Vitorino da Rosa e Aline Beatriz Potrich, os defensores pontuam que o crime prescreveu no dia 16 daquele mesmo mês, “determinando, em caráter de urgência, a imediata revogação e recolhimento do mandado de prisão”.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) se declarou favorável ao pedido e, então, o juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri reconheceu a prescrição e a extinção da punibilidade. “Percebe-se que, entre o recebimento da denúncia em 16 de junho de 2005 e a presente data, passou-se mais de 20 anos, logo operou-se a prescrição da pretensão punitiva”, diz o magistrado.
Aluízio então determinou a expedição do contramandado de prisão e a destinação dos objetos apreendidos nos autos para destruição.
Crime - A ocorrência iniciou no dia 13 de março de 2005 com uma briga de bar em razão da venda de um imóvel malsucedida entre ambas as partes. Ivan Lopes de Andrade foi preso nove anos depois e contou que os três estavam em um bar se divertindo, quando começaram a conversar sobre a venda de uma casa.
Após Michel decidir não fechar o negócio, houve uma discussão e, em seguida, Japonês e o acusado foram embora. Por volta das 23h30, quando Wallace voltou para casa, foi atingido por um tiro ao sair do carro. A esposa da vítima, segundo o promotor de acusação, afirmou ter visto Japonês e Ivan escondidos atrás de uma mureta à espera do marido.
› FONTE: Campo Grande News