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Postes e alambrados são instalados na BR 262 para proteger animais

Publicado em 10/07/2019 Editoria: Trânsito


Foto reprodução Facebook

Foto reprodução Facebook

Moradores da região do Pantanal temem que a medida possa ser armadilha a fauna
 
Para quem decidir visitar a região do Pantanal sul-mato-grossense nos próximos dias irá se deparar com trecho da BR-262 totalmente fechado por cercas e alambrados nas laterais da rodovia.
 
A instalação dos materiais foi feita pelo DNIT-MS (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e está gerando questionamento dos motoristas que passam pelo local. A estrada é conhecida nacionalmente como a ‘estrada da morte’ pois é letal a vida dos animais silvestres e já chegou a ser apontada como uma das mais perigosas do mundo para a vida selvagem, segundo o The New York Times.
 
Conforme a Superintendência Regional do DNIT em MS, a instalação das cercas foi decidida após uma pesquisa do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que avaliou necessário colocar os alambrados nos trechos onde mais ocorriam atropelamentos da fauna pantaneira.
 
Nas redes sociais, a instalação da cerca ao longo da rodovia levantou dúvidas sobre a sua eficiência. “Um absurdo, refletindo a distância entre a engenharia e a biologia. Não era para ser assim. Não sei de quem foi o palpite adotado pelo DNIT, mas vai contra tudo o que indicaria o bom senso”, diz internauta em postagem que já conta com 60 comentários e 80 compartilhamentos.
 
O morador de Corumbá, Capital do Pantanal, ainda comenta que a medida pode prejudicar os animais, pois se algum conseguir atravessar a cerca, que tem pouco mais de um metro de altura, ficará preso entre os carros que passam nos dois sentidos, acuado, sem ter ‘para onde correr’.
 
Outra questão levantada pelo morador, é de que a tela usada na instalação é extremamente fina e frágil para o que está sendo proposto pelo DNIT-MS e, se por alguma falha a cerca se soltar, poderá ser uma armadilha aos animais.
 
“Animais incapazes de pular o alambrado para fora da estrada são anta, capivara, queixada, caitetus, jacarés, lobinhos, entre outros. Basta uma falha e a armadilha passa a funcionar. Prejuízo material garantido para donos de veículos, risco de vida é certamente mortes de animais silvestres”, diz trecho da publicação no Facebook.
 
Em nota, o DNIT-MS disse que a medida foi feita para reduzir o número de acidentes envolvendo animais silvestres. Ao todo, são oito pontos da rodovia que devem receber a instalação das cercas.
 
“A localização dos equipamentos foi definida pelo IBAMA, através de Parecer Técnico. As cercas serão
instaladas em pontos e segmentos contínuos, onde verificou-se uma maior incidência de atropelamento
de fauna e a instalação das 2 (duas) passagens superiores de fauna serão feitas nos km 734 e 755, como
medida mitigadora do atropelamento do sapajus cay (espécie de macaco-prego)”, disse trecho da nota.
 
A reportagem ainda entrou em contato com a assessoria de imprensa do IBAMA pedindo detalhes da pesquisa que resultou na medida e aguarda reposta.
 


› FONTE: Com Midiamax