Hospital nega atendimento a criança e Samu improvisa socorro
Publicado em 07/09/2019
Editoria: Saúde
O menino foi "socorrido" pelo Samu na lateral do hospital, para só então dar entrada na própria unidade pela porta de emergência
Ao levar o filho, de apenas 5 anos, com uma suspeita de fratura no pé para atendimento no Hospital da Vida em Dourados, uma mãe passou por um situação no mínimo inusitada, na noite desta sexta-feira (06).
A unidade hospital se negou a atender a criança, pois está recebendo apenas os casos regulados, ou seja, aqueles em que os pacientes são encaminhados pelo Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência).
Os ferimentos na perna do garoto foram causados após uma queda de bicicleta. Diante da negativa a mãe entrou em contato com o órgão, que encaminhou uma ambulância ao local.
O menino foi "socorrido" pelos técnicos do Samu no acesso lateral da unidade na Rua Ciro Melo, para só então dar entrada no próprio hospital pela porta de emergência, virando a esquina na Rua Toshinobu Katayama.
A situação é resultado de uma portaria imposta pela secretária de Saúde da cidade, Berenice de Oliveira Machado Souza, que desde o último sábado (1º) suspendeu por tempo indeterminado o atendimento de casos de menor complexidade da chamada área verde. Com isso, continuam sendo atendidos no local apenas os pacientes traumatizados em situação de urgência e emergência, de média a alta complexidade.
Os casos menos graves em que o próprio paciente ou a família procura o atendimento por conta própria, por exemplo, terão de ser redirecionados para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou as UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Dourados. Além de limitar o atendimento e gerar transtornos como o desta noite a portaria também pode agravar a crise financeira da unidade.
Conforme apurado pela reportagem, Dourados recebe cerca de R$ 400 mil por mês do Ministério da Saúde, para manter o atendimento de urgência e emergência para toda a população, iindependente se os pacientes tiveram atendimentos regulados ou procuraram espontâneamente.Caso seja constatado que mesmo com o repasse o Hospital da Vida está limitando o atendimento o recurso pode vir a ser suspenso pelo governo federal.
› FONTE: Com informações Campo Grande News