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Com investimentos do Estado, Santa Maria vai operar como aeroporto auxiliar

Publicado em 29/04/2019 Editoria: Infraestrutura


Com balizamento, pista de 1.600 m será homologada para aviões de grande porte

Com balizamento, pista de 1.600 m será homologada para aviões de grande porte

Aeroporto Santa Maria terá função estratégica para a aviação comercial e particular de MS
       
O governador Reinaldo Azambuja autorizou crédito suplementar à secretaria estadual de Infraestrutura (Seinfra), no valor de R$ 2,5 milhões, para implantação do sistema de iluminação na pista de pouso e decolagem do Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande. O investimento visa dotar o Santa Maria, sob controle do Estado, com estrutura para operar como aeródromo auxiliar do Aeroporto Internacional.
 
O objetivo do Governo do Estado é diminuir o fluxo de aviões de pequeno e médio porte no aeroporto internacional, além de garantir maior segurança operacional e conforto aos usuários. O superintendente aviário Leonardo Dias Marcelo, da Gerência de Transportes Aéreos (GAT), vinculada à Seinfra, informou que o balizamento noturno colocará o Santa Maria em condições de receber voos comerciais em uma situação de emergência.
 
“O investimento é crucial para garantir maior segurança e flexibilização à aviação regional, colocando o Santa Maria como opção para situações extremas, como fechamento do aeroporto internacional por um nevoeiro ou interdição da pista”, explicou o superintendente. Segundo ele, hoje uma aeronave, em caso de emergência noturna, tem como alternativas de pouso os aeroportos de Dourados, Corumbá e Três Lagoas, cidades afastadas da Capital.
 
Incremento à aviação executiva
 
Criado no início dos anos de 1980, hoje o Santa Maria, situado na região Leste da Capital (saída para Três Lagoas), funciona apenas por meio de procedimentos visuais (durante o dia), atendendo basicamente os produtores rurais e às empresas de fretamento de aeronaves. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também opera no local com uma unidade regional da Divisão de Operações Aéreas (DOA), utilizando um helicóptero patrulha Bell B407.
 
Com acesso pavimentado, a partir da BR-262, o aeroporto é dotado de duas pistas – a de pouso e decolagem, de 1.600 metros, por 30 metros de largura, e a de taxiamento, de 1.500 metros, por 23 metros de largura. Os recursos destinados a melhoria operacional são integralmente do Estado e a obra entra em processo de licitação, com prazo de conclusão em 150 dias, a partir da data de ordem de serviço dada pela Seinfra.
 
 
Para a PRF, o novo sistema de iluminação dará maior agilidade operacional às tarefas da unidade, além de mais controle e segurança de voo, seja sob chuva ou tempo parcialmente nublado, informou o inspetor Bággio Tércio, destacando a importância do investimento do Estado. As operações noturnas, segundo os proprietários dos hangares, vão intensificar a aviação executiva. O tráfego aéreo é intenso no aeroporto: chega a 60 voos em um dia.
 
“Esse investimento do governo vai proporcionar um grande benefício não só para a aviação como para Campo Grande, que terá mais um aeroporto de porte para desafogar o Internacional em todos os sentidos”, comentou Alderi Dal Lago (Alemão), piloto e dono de cinco hangares no aeródromo. Ele cita as limitações operacionais do Santa Maria, que travam a aviação particular, e o transtorno do trânsito entre o Internacional e o centro da cidade.
 
Paralelamente ao projeto de balizamento noturno, o Governo do Estado planeja a instalação de uma UTI Aérea operando a partir do Santa Maria, por iniciativa do Corpo de Bombeiros. O projeto em estudo pelas secretarias estaduais de Segurança e Saúde prevê a instalação de uma base no aeroporto, utilizando estrutura física já existente no local e parcialmente concluída, operando 24 h com equipe médica e aeronave própria, um bimotor Baron.
 
“A importância do sistema de iluminação vai além das questões operacionais ao permitir ações de socorro público”, ressaltou o tenente-coronel bombeiro Luídson Borges Tenório Noleto, comandante do Grupamento de Operações Aéreas (GOA), unidade que terá uma equipe de 12 aeromédicos. “A UTI Aérea terá um papel fundamental, principalmente no socorro às vítimas de acidentes em rodovias, onde o atendimento imediato pode salvar vidas”, disse Noleto.


› FONTE: Subcom