Presentes no Plenário Júlio Maia durante a sessão plenária desta quinta-feira (10), as mães atípicas pediam novamente o auxílio dos parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). A Comissão Temporária de Representação para Monitoramento e Acompanhamento das Demandas e Reivindicações do Movimento de Mães Atípicas de Campo Grande, presidida pelo deputado Pedrossian Neto (PSD) acompanha as solicitações do grupo. As deputadas Lia Nogueira e Mara Caseiro (ambas do PSDB), Gleice Jane (PT) e os deputados João Henrique e Neno Razuk (ambos do PL) também integram a comissão temportária.
Pedrossian Neto informou sobre relato de mães atípicas que o procuraram. “Acabei de receber informação, estamos eu e outros deputados envolvidos na Comissão temporária de acompanhamento das demandas das mães atípicas, um relato que recentemente algumas mães teriam sido excluídas do programa ‘Cuidar de Quem Cuida’, justamente nesse momento em que nós estamos fazendo alteração legislativa do projeto importante do governador Eduardo Riedel [PSDB], que permite acumulação do Benefício de Prestação Continuada [BPC], com o vale-renda na modalidade de alimentos, o Supera MS, tivemos essa informação que algumas não receberam e tem problemas na operacionalização do programa”, informou.
“Quero anunciar a todos que, por conta desta situação específica, nós vamos pedir uma reunião urgente com a nossa secretária de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, para realizarmos uma força tarefa e investigar caso a caso, o que está acontecendo. Temos uma relação de mães e é necessário verificar de que maneira podemos adequar o programa e eu sei que o programa não tem o objetivo nenhum de fazer algum tipo de exclusão. Eu sei que o governo tem toda a intenção de resolver essa questão, e inclusive mandou um projeto de lei para aperfeiçoar o projeto Cuidar de quem cuida. Em breve anunciarei a todos a data da reunião”, concluiu o deputado Pedrossian Neto.
O deputado e presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP) solicitou que fossem tomadas providências de forma imediata. “Peço a vossa excelência que tome providências, até porque não tem sentido o próprio Governo enviar e autorizar a lei, e termos uma notícia dessa, deve ter alguma notícia equivocada ou alguém que não está trabalhando de acordo com o que o Governo quer. Peço para que vossa excelência tome medidas imediatas”, declarou.
Pedro Kemp (PT) destacou a diferença entre os benefícios e beneficiados. “É preciso deixar claro que esse programa ‘Cuidar de quem cuida é para o cuidador’, e se a criança recebe algum benefício, como o BPC, é para a criança, pois a criança com deficiência tem um gasto muito grande, requer insumos, alimentação especial, fisioterapia, fonoaudiologia, o BPC faz frente a isso. O programa ‘Cuidar de quem cuida’ é para quem deixa de trabalhar e sua vida social para cuidar das crianças com deficiência. Fizemos esse apelo ao governo do Estado, que encaminhou o projeto, mudamos a lei e ficamos sabendo que estão cortando benefícios por conta disso. Faremos uma reunião com a secretária, como já foi anunciado aqui para levar a ela essa situação. Estamos solicitando aqui, que as mães que tiveram os benefícios cortados, sejam analisados, caso a caso, e solicitaremos a reinserção nesse programa. Pode ser que tenha tido algum equívoco, algum erro”, considerou.
A deputada Gleice Jane (PT), que também integra a Comissão Temporária de Representação para Monitoramento e Acompanhamento das Demandas e Reivindicações do Movimento de Mães Atípicas de Campo Grande, ressaltou sua participação. “Quero dizer que me somo a luta das mães atípicas e estou conversando com os deputados no sentido de convidar a secretária [Patrícia Cozzolino] à Assembleia Legislativa, junto com as mães atípicas, para que a gente possa ter uma conversa com a sociedade, junto com o Governo, mediado pela Assembleia Legislativa, para continuar debatendo e avançar na política, e tentar compreender onde estão esses equívocos”, frisou.
A deputada Mara Caseiro (PSDB), 3ª vice-presidente da Casa de Leis, também integrande da comissão temportária que acompanha as demandas das mães atípicas, se soma à causa. “Cumprimento a todas as mães atípicas presentes aqui hoje e reitero que, como já foi anunciado, convidaremos a secretária de Assistência Social e dos Direitos Humanos, Patrícia Cozzolino, para esclarecer alguns fatos que estão acontecendo”, disse.
› FONTE: AL MS
