Empresário nega cobrança abusiva e diz que vai à Justiça por R$ 19,6 mil
Publicado em 27/12/2019
Editoria: Cidade
Os donos da DL Soluções, empresa que prestou serviço para o condomínio Rui Pimentel I, o Jardim Centro-Oeste, rebateu as acusações dos moradores sobre cobrança abusiva e disse que iniciou o trabalho no residencial em outubro, sem receber.
“Não pagaram nem R$ 1”, disse Júlio César Ferreira dos Santos Borges, proprietário da DL Soluções, em sociedade com a esposa, Dayane Lemes de Oliveira. Agora, os empresários vão acionar a Justiça para receber os R$ 19,675 mil, valor que será acrescido por conta de quebra de contrato e atualização no decorrer do processo.
O residencial com 124 casas foi entregue no dia 7 de outubro deste ano. A maioria dos moradores é remanescente do grupo que morava no Cidade de Deus.
Ontem, os moradores denunciaram a empresa e a síndica, identificada apenas como Angélica, dizendo que houve cobrança abusiva dos serviços prestados: instalação de quatro câmeras, motor do portão, sensor, controles, limpeza e segurança. A dívida, hoje é de R$ 19,675 mil.
Os moradores dizem que os valores foram superfaturadas e houve pagamento em dobro, pelo mesmo serviço. Reclamam, também, da forma com que foram cobrados pelo proprietário da empresa.
Em contato com o Campo Grande News, Júlio Cesar e Dayane Lemes negam as acusações.
“O condomínio não tinha dinheiro em caixa, a gente fez o serviço sem cobrar entrada, a gente sabia que era novo”, disse Dayane. “Esse valor não é abusivo, é o serviço que prestamos; o que aconteceu é que entrou dinheiro em caixa e eles não quiseram pagar”.
Júlio César ratifica o que foi dito pela mulher explica que não é procedimento prestar serviço sem entrada, mas abriu exceção por ser condomínio novo. Ele nega que tivesse tido contato pessoal com os moradores e que as negociações sempre foram pela síndica. Depois que eles pediram a prestação de conta, as notas foram entregues via empresa administradora, que presta serviço ao Rui Pimentel I.
Segundo ele, a dívida deve ser acrescida da multa rescisória, já que os moradores retiraram o funcionário de serviços gerais do residencial. “O serviço foi feito e nada foi pago; se eles provarem que pagaram alguma coisa, o proprietário devolve 100 vezes mais”.
Eleição – os moradores também reclamaram do processo de escolha da síndica, em outubro, quando o residencial foi entregue. Questionaram os contratos firmados e dizem que receberam a informação de que a síndica foi orientada pela agência habitacional a assinar os contratos.
Em nota, a AMHASF (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), a antiga Emha, explicou que a escolha do síndico é feita mediante assembleia constituída por beneficiários (50% + 1), conforme determina o Programa Minha Casa, Minha Vida.
› FONTE: CG News