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Funcionários da Caixa aprovam paralisação e clientes dão com a cara na porta

Publicado em 27/04/2021 Editoria: Cidade


Empregados da Caixa Econômica aprovaram em assembleia virtual a paralisação das atividades nesta terça-feira (27). A decisão foi tomada por quase 82% dos trabalhadores das 17 agências localizadas em Campo Grande, de acordo com o Sindicato dos Bancários, e levou clientes a dar de cara na porta já pela manhã.
 
Liminar concedida ao banco garante que 60% dos trabalhadores continuem suas atividades e outros 40% permaneçam com os braços cruzados.
 
Entretanto, a presidente do Sindicato dos Bancários, Neide Rodrigues, explica que a liminar não garante atendimento ao público, já que parte desse efetivo está trabalhando em home office. Atendimento por caixa eletrônico continua normalmente.
 
Na agência da Rua 13 de Maio, no Centro da Capital, cartazes estão pregados nos vidros e membros do sindicato explicam à populações as razões da paralisação.
 
“A indicação é que as pessoas não procurem atendimento hoje porque não ha garantia de que haverá funcionários para o público”, avisa Neide.
 
Everton José Espíndola, também representante do sindicato, diz que amanhã o atendimento voltará à normalidade. “Precisamos trazer a população as informações porque quem sai prejudicado não é só funcionário, mas também todo o público”.
 
Jurandir Alexandre, de 72 anos, disse que não sabia da greve e se deparou com a agência fechada. “Já é difícil sair de casa e quando sai vê isso. Vou voltar amanhã”.
 
Noilson Valderis Brum, também de 72 anos, conta que não sabia da greve e também se deparou com a porta da agência fechada. “Preciso atualizar vários dados com urgência, mas a gente sabe que a greve sempre tem questões importantes. A gente precisa valorizar isso”.
 
Entre os motivos da greve por um dia, o sindicato alega que o governo federal pretende abrir o capital da Caixa Seguridade, considerado um primeiro passo para a privatização do banco.
 
Também é contra a devolução de R$ 35 bilhões de IHCDs (Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida), contratos feitos junto ao Tesouro Nacional que capitalizam o banco e permitem ampliar a oferta de crédito, diminuição da taxa de juros e aumento da capacidade em investir em habitação, saneamento e infraestrutura.
 
Os funcionários também cobram melhores condições de trabalho, através de contratações, e medidas de proteção contra a covid-19 e vacinação prioritária por ser banco público. Também pedem o fim de metas consideradas abusivas, principalmente com a crise econômica provocada pela pandemia.


› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS